19 de Abril de 2024 - Ano 10
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20/10/2014

Cenário eleitoral faz dólar subir 1,08% e Bolsa tem queda de mais de 2%

Foto: Scott Eells / Bloomberg News

Moeda americana volta para a casa dos R$ 2,46

 A disputa pela Presidência da República chega em sua reta final e concentra cada vez mais a atenção dos investidores, que estão atentos à divulgação de novas pesquisas de intenção de votos. Às 15h42 o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registra queda de 2,26%, aos 54.466 pontos. Já no mercado de câmbio, o dólar avança 1,08%, a R$ 2,4614.

 

A Bolsa já abriu em queda, mas o movimento foi intensificado após a divulgação da pequisa CNT/MDA, que mostrou a candidata Dilma Rousseff (PT) levemente à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, mas os dois ainda estão empatados tecnicamente.

 

— O que define a tendência em geral são as pesquisas de grandes institutos, mas o mercado está muito sensível nessa semana. Hoje os investidores estão repercutindo essa pequena vantagem da Dilma — afirmou Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets.

 

Na avaliação de Ernesto Rahmani, sócio-diretor da Tática Asset Management, a volatilidade também está alta devido ao exercício dos contratos de opções na Bolsa, que é quando ocorre o ajuste entre os investidores que apostaram na alta ou na baixa de um determinado papel.

 

— Chegamos no último momento das eleições com a indicação de que está tudo empatado. E hoje ocorre o exercício dos contratos de opção, o que aumenta a volatilidade — afirmou.

 

Após o fechamento dos mercados devem ser divulgadas as pesquisas do Datafolha e Ibope. Em geral, quando há um avanço do candidato do PSDB, os agentes dos mercados financeiros costumam responder positivamente, já que há o entendimento que um candidato de oposição poderá tomar as medidas necessários para que o país acelere o crescimento e, consequentemente, o lucro das empresas. Quando o contrário ocorre e a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, aparece em vantagem, os ativos brasileiros costumam registrar desvalorização.

 

Com a volatilidade, as ações das estatais, principalmente da Petrobras, são as mais afetadas. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da petrolífera caem 3,30% e os ordinários (com direito a voto) têm recuo de 2,86%. O recuo nas ações do Banco do Brasil é ainda maior, 5,16%. Já as ordinárias da Eletrobras recuam 4,01% e as preferenciais têm queda de 2,86%.

 

Ajuste no exterior

 

Os analistas da Planner lembram ainda que no exterior as Bolsas operam em direções opostas, o que contribui para o movimento de realização, ou seja, venda de ações para embolsar os lucros dos últimos pregões. “A Bovespa tem espaço para uma realização nesta segunda-feira, aguardando novas pesquisas eleitorais nesta última semana de segundo turno, considerando que a repercussão dos debates, cada vez mais repetitivos, já não influencia mais o mercado de Bolsa”, afirmaram os analistas.

 

No exterior, o movimento também é de ajuste. Os principais indicadores do mercado europeu fecharam em queda. O Dax, de Frakfurt, recuou 1,50%. Já o CAC 40, da Bolsa de Paris, caiu 1,04% e o FTSE 100, de Londres, registra desvalorização de 0,68%. Nos Estados Unidos, Dow Jones tem leve queda de 0,13% e o S&P tem variação positiva de 0,46%.


 

Fonte: oglobo.com

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