25 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política
01/10/2014

Debate: Melo descarta Dilma e acusa Braga de usar a Afeam para beneficiar grandes empresários

Foto: Reprodução / G1

Debate reuniu cinco candidatos ao governo do Amazonas

Diferente das contendas anteriores, o governado José Melo (Pros), além de propositivo, partiu para o enfrentamento franco contra o seu maior adversário na atual corrida eleitoral, Eduardo Braga (PMDB), no debate da noite de ontem promovido pela Rede Amazônica, reunindo cinco candidatos ao governo do Amazonas que no próximo domingo disputarão os votos da população nas urnas.


A mudança de atitude do governador não apenas atingiu Braga, como também pela primeira vez nestas eleições evidenciou sua firme ojeriza à presidente Dilma Rousseff (PT), sinalizando que não a apoiará em caso de um segundo turno na batalha presidencial.


Melo iniciou sua bateria de críticas a Dilma ao discutir questões tributárias com Braga. Respondendo a uma pergunta sobre o Supersimples, Melo não perdeu tempo. Propôs o Banco do Povo como forma de incentivar o microempreendedor, e disparou: “O Braga usou a Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas) para emprestar dinheiro a grandes empresários”.


Em outro momento, o governador, encarando o seu oponente peemedebista sobre a mobilidade urbana, desqualificou a proposta do modelo monotrilho de Braga, classificando-a de inadequada para Manaus. Além disso, destacou parecer do Ministério Público Federal (CEF) e da Caixa Econômica, detectando falhas no projeto que o ex-governo de Braga encaminhou a Brasília para análise técnica.


Mais críticas de Melo ao Palácio do Planalto soaram em discussão com o candidato do PSB, Marcelo Ramos, envolvendo a Internet. “O Governo Federal foi muito insensível no trato dessa questão, é difícil lidar com tanta insensibilidade”, apontou, deixando evidente sua posição de combate à administração petista.


O debate teve bons momentos de exposição de propostas quando, por exemplo, os candidatos, apesar da velha troca de farpas, enfatizaram a reabertura da Santa Casa de Misericórdia e prometeram altos investimentos em saúde pública, contemplando a Fundação Cecon. José Melo se comprometeu com o programa Médicos Itinerantes a partir de 2015 e a ampliação de cinco hospitais, com mais de 900 leitos, em Manaus.


Marcelo Ramos, Chico Preto e Herbert Amazonas também tiveram momentos de escaramuças, mas a temperatura subiu além dos limites previstos na troca de farpas entre Marcelo e Braga. O candidato fustigou o peemedebista com provocações sobre corrupção e suas supostas ligações com o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que responde a processos por desvio de dinheiro público e crimes de pedofilia. Braga chamou Marcelo de desequilibrado, recebendo prontamente o troco. “Você, Braga, premiou Adail com 200 milhões de reais, agrediu um deficiente e constrangeu sua candidata a vice, e, depois, o desequilibrado sou eu”, atacou.


Meio Ambiente e educação foram temas lembrados superficialmente no debate que teve mais um momento quente entre os principais colocados nas pesquisas eleitorais. José Melo acusou Braga de ter construído “um monumento de aço” inútil em frente à Ponte Rio Negro, que não serve de referência nenhuma para a mobilidade urbana da área, mas que custou a absurda soma de R$ 5,5 milhões. “Com esse dinheiro eu jamais construiria um monstrengo de aço, eu construiria, sim, 150 casas populares e um hospital de 20 leitos”, disse o governador. 

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