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22/07/2014

Dunga assume a seleção e diz que Brasil deixou de ser a melhor equipe

Foto: Marcio Dolzan, Sílvio Barsetti / O Estado de S. Paulo

De acordo com o treinador, que retorna à seleção depois de quatro anos, será preciso resgatar o lugar com 'humildade e trabalho'

O novo técnico da seleção, Dunga, foi direto: "Não somos mais os melhores. Temos de resgatar isso com humildade e trabalho". Assim, com um discurso ao seu melhor estilo, o técnico começou sua segunda passagem como técnico da seleção brasileira.


O time da nova era Dunga deverá ser organizado taticamente, "mas com as características do futebol brasileiro". Foi dessa forma que o treinador, anunciado oficialmente na manhã desta terça-feira, na sede da CBF, definiu como deverá ser seu trabalho nos próximos anos. O técnico com fama de linha-dura também não irá admitir jogadores "sem equilíbrio emocional". E as metas a médio prazo já estão definidas: o título Olímpico e uma boa campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

 

Faltava um minuto para as 11h desta terça-feira quando a cúpula da CBF entrou no auditório da sede da entidade junto com Dunga, que dali a instantes seria apresentado oficialmente como novo técnico da seleção brasileira. O presidente José Maria Marin, como de costume, frisou que a escolha havia sido feita em conjunto com seu sucessor, Marco Polo Del Nero, e com o novo coordenador geral de seleções, Gilmar Rinaldi.

 


Dunga é confirmado como novo treinador da seleção brasileira


Ao seu melhor estilo, Dunga foi direto. "A gente não pode vender uma ilusão de que as coisas são fáceis e serão resolvidas de um dia para outro", disse. Mas, sem citar Luiz Felipe Scolari, procurou defender em parte o trabalho do ex-treinador. "A partir dessa Copa do Mundo não podemos colocar tudo como terra arrasada. Houve muitas coisas boas."


O treinador também comentou sobre a forte rejeição ao seu nome em enquetes nos diversos sites e programas esportivos do País. "É mais ou menos como uma eleição. Nem sempre ganha o candidato que lidera as pesquisas. Tenho que buscar força nos 20% que me apoiam", disse. Ele se apoiou no aproveitamento de 76% conquistado em sua primeira passagem como treinador, mas disse que, se esse número não foi suficiente para buscar apoio junto à torcida, "terá que fazer mais".


Desde que o nome de Dunga foi dado como certo para dirigir a seleção, no fim de semana, muito se falou sobre a intenção da CBF em evitar que cenas como a de choro de jogadores na última Copa se repetissem. E o técnico já demonstrou que está afinado com a diretoria nesse sentido. "Tem que ter equilíbrio emocional, mostrar isso no momento certo."


O técnico afirmou ainda que já tem "um esboço de time", mas fez uma ressalva. "Não vemos vender um sonho", disse o técnico. "Nossa maior ideia, e vamos ter que trabalhar muito, é preparar a equipe para a Olimpíada e para as Eliminatórias."


"Na minha primeira passagem pela seleção brasileira foi me pedido para resgatar o valor da seleção brasileira. Na segunda me pediram para preparar a seleção para a Copa de 2018", contou o técnico. "Vamos trabalhar em conjunto com as categorias de base sob a coordenação do Gallo, assim como com a coordenação do Gilmar."


Amigo de Dunga desde o início dos anos 1980, quando atuaram juntos no Internacional, Rinaldi afirmou que o desafio será o de "buscar o equilíbrio justo para um momento tão importante como este". O coordenador geral de seleções disse ainda que o restante da comissão técnica ainda está sendo definindo.
 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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