28 de Marco de 2024 - Ano 10
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17/07/2014

Geração de emprego em junho tem o pior resultado para o mês em 16 anos

Foto: Fábio Pozzebom / Agência Brasil

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, na divulgação dos resultados do Caged

O mercado formal de trabalho registrou em junho a geração líquida de 25.363 empregos. Foi o pior resultado para o período desde 1998, quando apresentou saldo de 18.097. Em relação a junho do ano passado, quando foram criados 123.836 postos de trabalho, as contratações com carteira assinada caíram 79,5%.


Com isso, o país encerrou junho com o pior saldo semestral desde 2009: 588.671 vagas, considerando dados ajustados (fora do prazo), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Entre janeiro e junho de 2013, foram gerados 826.168 empregos.


Essa é a quarta queda seguida na geração de emprego formal e foi influenciada pela eliminação de postos na indústria, que virou o mês passado, com saldo negativo de 28.553 postos. Também fecharam vagas a construção civil, com resultado negativo de 12.401 e o comércio, onde as demissões superaram as contratações em 7.070.


Os empregos em junho foram puxados por serviços, que responderam por 31.143 novas vagas e a agricultura, que impulsionada pela colheita da safra, registrou saldo de 40.818. Ainda assim o resultado deste setor está abaixo da média do período que é de 65 mil empregos.


O resultado do Caged veio abaixo das previsões de analistas que esperavam um saldo na casa dos 80 mil postos de trabalho em junho.


Meta menor do que em 2013


O ministro do Trabalho, Manoel Dias, admitiu que esperava um desempenho melhor do emprego formal em junho. Segundo ele, a queda generalizada das contratações em todos os subsetores da indústria foi a principal causa para o saldo baixo do Caged. Para o ministro, a Copa reduziu o consumo e prejudicou as contratações no comércio.


— Foi um resultado bem menor do que nos meses anteriores — disse o ministro, que acrescentou: — Eu esperava mais.


Diante dos dados ruins do Caged, conforme O GLOBO antecipou, o ministro reduziu a meta de geração de empregos neste ano para 1 milhão — abaixo do saldo registrado em 2013, que atingiu 1,1 milhão. A meta anterior ficava entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de postos. A justificativa do ministro é que houve piora nas expectativas em relação ao início do ano.


Dias acredita, no entanto, numa retomada do emprego no segundo semestre, diante das encomendas para o fim de ano e a continuidade dos investimentos na infraestrutura. Segundo ele, a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida vai estimular as contratações na construção civil.
 

O ministro do Trabalho informou ainda que o governo deverá anunciar nos próximos dias medidas para ajudar empresas de pequeno e médio portes. Segundo ele, são ações para reduzir a burocracia e carga tributária.


Fonte: globo.com/economia
 

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