24 de Abril de 2024 - Ano 10
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26/08/2014

Mantega: segundo semestre será melhor que o primeiro

Foto: Reprodução

Para ministro, é inadequado dizer que Brasil passa por crise

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite desta segunda-feira a uma plateia de empresários em São Paulo, que é inadequado afirmar que o Brasil passa por uma crise na economia e que está em processo de estagnação ou recessão. Ele defendeu a política monetária do governo e, sem dar números, afirmou que espera um "crescimento moderado da economia este ano", já que o segundo semestre será melhor que o primeiro.

 

As declarações foram dadas durante o prêmio Valor 1000, entregue às 26 empresas que mais se destacaram em seus segmentos de atuação. Participaram da entrega dos prêmios o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, e Marcello Moraes, diretor geral da Infoglobo. Segundo o ministro, o país iniciou 2014 com vários problemas para equacionar, entre eles as consequências da seca e a pressão inflacionária, mas sobretudo a falta de mercado externo e interno, pela crise e pela falta de crédito para o consumo por aqui. Ele lembrou que mesmo um evento positivo como a Copa diminuiu o número de dias úteis para a produção e prejudicou também o consumo.

 

— A política monetária foi um sucesso como instrumento para combater a pressão inflacionária, mas resultou na queda vertiginosa do crédito às empresas e aos consumidores. Com a inflação em queda livre e o IPCA tendo chegado praticamente a zero em julho, iniciou-se a descompressão da política monetária, com a redução dos compulsórios, e já detectamos a recuperação do ritmo de atividade — afirmou Mantega.

 

O ministro citou números positivos para justificar seu otimismo. Mantega disse que o Brasil tem taxa de desemprego abaixo de 5%, que o PIB cresceu a um média de 3,1% entre 2008 e 2013 e que é o quinto país que mais recebeu investimentos estrangeiros diretos, com média anual superior a US$ 60 bilhões, desde 2011. Mantega destacou que o Brasil também foi o quarto país que mais ampliou seu colchão de reservas internacionais nos últimos anos, o que dá a segurança para enfrentar turbulências cambiais e apostas contra nossa estabilidade.

 

— Esse sucesso é resultado de uma política anticíclica, corajosa e responsável. Nossa estratégia foi amortecer os efeitos da crise externa sobre a população e a produção, evitando desemprego e deterioração da indústria. Por isso, apostamos na queda dos juros, na redução de tributos e mantivemos o câmbio flutuante, impedindo o excesso de valorização do real — afirmou Mantega.

 

Mantega disse que ao resistir a uma valorização do real, o governo evitou uma euforia consumista de curto prazo. Mas o ministro observou que nem todos concordam com a política anticíclica adotada pelo governo. Segundo ele, os críticos teriam preferido colocar os juros na alturas, deixar o câmbio se valorizar e talvez até elevar impostos.

 

—- São os mesmos que preferem a recessão para reduzir o emprego e baixar os salários. São os mesmos que acreditam que a política econômica de um país complexo como o Brasil se resume a câmbio flutuante, a regime de metas de inflação e a superávit primário elevado. Ninguém cumpriu o tripé macroeconômico mais do que o nosso governo. Temos cumprido à risca as metas de inflação, pois não ultrapassamos o limite superior nos últimos dez anos. O câmbio é flutuante, com algumas intervenções. E nosso superávit primário está entre os maiores do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) nos últimos anos - defendeu Mantega.
 

Fonte: O globo.com

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