Thomaz Vasconcelos foi exonerado do comando da Seai, no mês passado
Embora exonerado pelo governador José Melo, no mês de setembro, o ex-secretário executivo adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, Tomaz Vasconcelos, continua agindo e prestando serviços ao seu criador e candidato ao governo, Eduardo Braga.
Na terça-feira, realizou reunião com a cúpula da SEAI, pedindo apoio ao candidato e garantindo o seu retorno ao comando da agência estadual de escuta, o SNI-BARÉ, caso Eduardo Braga vença a eleição no próximo dia 26.
Na reta final da campanha eleitoral, quando todos os institutos de pesquisas indicam a derrota de Eduardo Braga, concidentemente começam a aparecer áudios e vídeos denegrindo a imagem do governo do professor José Melo, com o único propósito de confundir a cabeça do eleitor e mudar o quadro da disputa estadual.
Sempre envolvendo a segurança pública e o sistema prisional, a produção desse material ofensivo ao governo de José Melo carrega as impressões digitais e o DNA do ex-escutador, Tomaz Vasconcelos, e dos seus tentáculos, que continuam agindo, sob suas ordens, dentro da Secretaria de Inteligência do Estado.
Para estancar a escalada criminosa dentro da SEAI, o governador precisa, com urgência, substituir toda a cúpula do órgão (com exceção da delegada Tâmara Maciel, profissional altamente qualificada e leal ao governo), sob pena de amargar mais alguns dissabores até o dia da eleição.
Para que a trama de Eduardo Braga e Tomaz Vasconcelos não deixasse rastro, o áudio, visivelmente adulterado, foi postado por um site de uma revista de circulação nacional, visando maquiar a paternidade do engenho criminoso.
Em boa hora, o Tribunal Superior Eleitoral vem proibindo a veiculação de matérias que vise denegrir a imagem dos postulantes a cargos eletivos. O precioso tempo do chamado horário eleitoral gratuito deve servir para apresentação de propostas que visem à melhoria da sociedade e não ao verdadeiro vale tudo que o Brasil inteiro assiste com reprovação.
As autoridades encarregadas de manter a lisura do pleito tem o dever de determinar uma investigação rigorosa sobre esses acontecimentos, e, se for o caso, punir imediatamente os responsáveis por esses crimes, típicos, em ano eleitoral, daqueles que querem obter a vitória a qualquer preço.