28 de Marco de 2024 - Ano 10
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17/09/2014

UEA apresenta bioprótese de pé e tornozelo em madeira desenvolvida por pesquisadores da instituição

Foto: Alex Pazuello/Agecom

No futuro, o produto poderá ser comercializado a um custo bem menor do que a prótese de fibra de carbono

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresentou, nesta terça-feira, 16 de setembro, os resultados do projeto “Desenvolvimento do Protótipo de Bioprótese de Pé e Tornozelo em Madeira Laminada com Avaliação Clínica em Pacientes Protetizados”. A apresentação fez parte do Seminário de Avaliação Final do Programa Estadual de Atenção à Pessoa com Deficiência – Viver Melhor/Pró-Assistir, e aconteceu no Hotel Blue Tree, na zona centro-sul.



A coordenadora do projeto, Marlene Araújo, que é professora de Engenharia Mecânica da UEA, afirmou que os estudos apontaram muitas vantagens na utilização da madeira laminada no lugar da fibra de carbono para confecção desse tipo de prótese. “A madeira é um material biológico, tem alta resistência mecânica, mais flexibilidade e oferece um conforto de caminhada melhor para o paciente. Além disso, ela pode se tornar no futuro um produto comercializado a um custo bem menor que a prótese de fibra de carbono”, disse.

 



O projeto levou quase 10 anos para ser concluído e, segundo a pesquisadora, a intenção é que dentro de mais um ano e meio a prótese de madeira possa estar disponível no mercado aos pacientes amputados. “A prótese de madeira custa 10% do valor da prótese de fibra de carbono, cujo valor está entre R$ 7 mil e R$ 10 mil”, afirmou.



O engenheiro mecânico Paulo Alexandre Barbosa dos Santos, 32, que também foi aluno da UEA e fez parte do projeto, é um dos pacientes que fizeram os testes. “Estou usando a proteste de madeira há três anos e, com certeza, ela é muito mais confortável que a fibra de carbono, então isso é muito positivo. Tenho muito orgulho de ter participado do projeto como acadêmico e paciente”, contou.



Estudo

 

O projeto foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Tecnologia Assistida”, da Escola Superior de Tecnologia (EST) e da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da UEA. Os trabalhos foram coordenados pela professora de Engenharia Mecânica, Marlene Araújo, e contou com a participação dos pesquisadores Cleinaldo de Almeida Costa, atual reitor da UEA, Francisco Ferrera Fernandez, Frederico Veiga, José Luiz Valin Rivera e Luiz Antonio de Oliveira, além de acadêmicos do curso de Engenharia Mecânica, Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Elétrica.

 



Lançado em abril de 2012, o Viver Melhor/Pró-Assistir foi idealizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti-AM) e executado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Amazonas (Fapeam) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped).

 



Este foi o primeiro programa de tecnologia assistida lançado no País a estimular a participação não somente de pesquisadores, mas também de inventores. A Fapeam disponibilizou, por meio do edital 006/2012, recursos para aplicação em projetos de inovação voltados ao desenvolvimento de produtos de maneira a contribuir para dar mais autonomia, independência e qualidade de vida a pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida.
 

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