19 de Abril de 2024 - Ano 10
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04/08/2015

Além do aumento, habitante da terra do ministro paga retroativo na conta de luz

Foto: Reprodução / Internet

Só cinco dos 62 municípios do Estado recebem energia do sistema nacional, mas todos vão pagar a conta

Desde o ultimo sábado (1º), consumidores do Amazonas pagarão conta de energia elétrica com reajuste de até 6%. A medida é resultado da aplicação das bandeiras tarifárias, que serão cobradas em todos os municípios do estado. Além da tarifa adicional proporcional ao consumo mensal, será cobrado três meses de tarifa retroativa parcelado até janeiro de 2016. O sistema de bandeiras entrou em vigor em janeiro deste ano no restante do Brasil. Em agosto, foi fixada "bandeira vermelha".

 


A aplicação das bandeiras tarifárias no Amazonas atende a uma determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que publicou a medida no dia 1º de maio. O assunto era alvo de impasses entre Aneel e a Eletrobras Amazonas Energia. Segundo o diretor-presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Antonio Carlos Faria, a concessionária vinha dialogando sobre o assunto na tentativa de evitar a aplicação das bandeiras tarifárias no estado.

 


O principal argumento usado foi pelo fato de, atualmente, o estado receber apenas 10% da capacidade da linha da transmissão do Linhão de Tucuruí e ainda depender da geração de energia de Usinas Termelétricas. Outro fator apresentado, segundo Faria, foi a pequena abrangência do Sistema Interligado Nacional, que contempla apenas cinco dos 62 municípios. No grupo está Manaus e outros quatro Municípios da Região Metropolitana: Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.

 


"Solicitamos a revisão do despacho que considera a interligação concluída. Levamos esse argumento para a Aneel e tivemos uma discussão técnica. A Aneel disse que entendeu, mas manteve o despacho da aplicação das bandeiras tarifárias. A agência disse que a legislação obriga que a tarifa seja única em toda área de concessão", afirmou o diretor-presidente.

 

 

Com a determinação, a fatura de energia de agosto já terá cobrança adicional da bandeira tarifária vermelha. Isso significa que o adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 5,50 por 100 Quilowhatts-hora (kWh). Porém, os consumidores amazonenses pagarão ainda as tarifas retroativas dos meses de maio, junho e julho.

 


Os valores serão parcelados em seis vezes e devem ser cobrados até janeiro do próximo ano. Ou seja, nos próximos seis meses a conta de energia elétrica terá a cobrança de consumo, o adicional da bandeira tarifária proporcional ao consumo e ainda a parcela da tarifa retroativa. O impacto na conta estimado pela concessionária varia entre 5,5% e 6%.

 


"Somos obrigados a cobrar esses três meses, pois a determinação era aplicar as bandeiras desde maio, mas enquanto havia a discussão técnica elas ficaram suspensas e tivemos que repassar o pagamento sem cobrar dos consumidores", justificou Antonio Faria.

 

Geração dividida

 

Mesmo após a construção e início das operações do Linhão de Tucuruí, o Amazonas depende da geração de energia elétrica de hidroelétricas e de Usinas Termelétricas, que tem custo de geração mais alto. O Sistema Elétrico Manaus é subdividido em dois: Manaus e Mauá.
O que já foi totalmente descartado pela Eletrobras é a interligação de todo o Amazonas ao SIN. Os municípios que não interligados ao sistema elétrico nacional ficarão sem os benefícios atribuídos ao SIN: maior qualidade do fornecimento de energia e menos interrupção.

 

"Tem município amazonense que não vão conseguir ser interligado ao sistema nacional, por exemplo, São Gabriel da Cachoeira. Nos próximos 5 anos temos o planejamento de interligar oito cidades", revelou o diretor-presidente da Eletrobras Amazonas Energia.

 

Fonte: G1
 

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