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19/10/2016

Confira 8 motivos por que Michelle Obama é a mulher mais inspiradora de 2016

Foto: Getty Images

Ela chegou ao seu oitavo e último ano como primeira-dama dos Estados Unidos quebrando estereótipos, vencendo preconceitos e promovendo conquistas sociais para outras mulheres mundo afora

1. Porque Michelle facilita o acesso ao estudo para garotas do mundo todo

 

No final de 2015, Michelle criou junto ao presidente Barack Obama a iniciativa Let Girls Learn, que foca em colocar na escola e manter por lá garotas de áreas pobres ao redor do Globo que não têm condições de estudar. Ela prioriza famílias que foram afetadas por guerras, conflitos étnicos, epidemia da AIDS, entre outras. O projeto, que cresceu em 2016 e deve investir cerca de US$ 1 bilhão em 50 países, é o segundo de Michelle na área da educação desde que se tornou primeira-dama. Em 2014 ela já havia criado o Reach Higher, um facilitador financeiro e burocrático para que os americanos(as) graduados(as) no Ensino Médio continuem os estudos em cursos profissionalizantes ou faculdades.

 

2. Porque ela usou sua voz contra os abusos cometidos pelo candidato Donald Trump 

 

Porque o sexismo e a violência de cunho sexual – seja em âmbito psicológico ou físico – não passam pela primeira-dama. Depois de a gravação em que o candidato à presidência americana Donald Trump fala de mulheres de maneira pejorativa e sexualmente agressiva vir a público no último mês, outras mulheres acusaram o empresário de abusos físicos em um dos momentos mais tensos da campanha. Michelle então falou sobre o terror que mulheres experimentam frente à situações como essas (ou até frente à possibilidade de que o abuso possa acontecer), porque, em suas palavras: "comportamento sexual predatório não é algo que se possa varrer para debaixo do tapete". E sim, é preciso falar e dar oportunidade e espaço de fala às vítimas de abuso em toda parte.

 

3. Porque ela é abertamente feminista – e se coloca contra o assédio nas ruas

 

E, por falar em empoderamento feminino, em visita oficial à Argentina este ano, Michelle discursou a respeito do programa Let Girls Learn e relembrou algumas passagens de sua infância e adolescência. Apesar de este tipo de fala ser comum à primeira-dama, não deixou de ser relevante – e ter grande impacto no mundo todo – sua afirmação de que, enquanto seu irmão recebia perguntas sobre a carreira que gostaria de seguir na juventude, ela recebia questionamentos sobre com que homem se casaria. E que as cantadas nas ruas configuravam um assédio ofensivo que ela enfrentou, como a maioria das mulheres, a vida toda. Uma mulher com a visibilidade de Michelle abrindo espaço para discutir o sexismo e a cultura do estupro é uma grande aliada, para todas nós.

 

4. Porque ela também é uma das grandes defensoras dos direitos LGBT nos EUA

 

Ao dar um discurso na formatura da Jackson State University em abril deste ano, Michelle Obama deu mais uma mostra de seus esforços em relação à igualdade de direitos também para a população LGBT. O estado do Mississipi, onde fica a universidade, havia recentemente aprovado uma legislação que permitia que donos de estabelecimentos comerciais se recusassem a servir pessoas gays ou transgêneros. Michelle aproveitou o gancho para pedir aos 35 mil alunos e familiares presentes que lutassem juntos para reverter aquela derrota política dos direitos LGBT, porque isso seria o mesmo que lutar pelos direitos de todos os americanos. "Temos que nos posicionar lado a lado com nossos vizinhos – heteros, gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, muçulmanos, judeus, cristãos, hindus, imigrantes, indígenas – porque a marcha pelos direitos civis não é apenas dos afrodescendentes, é de todos os americanos. Tem a ver com fazer com que as coisas sejam mais justas, iguais, livres para nossos filhos e netos. Esta é a história que temos a oportunidade de escrever".

 

5. Porque ela presta tributo à sua herança cultural

 

O discurso da primeira-dama feito na convenção do partido Democrata, a priori, era apenas parte da campanha por Hillary Clinton na presidência, mas Michelle não só reforçou a importância de líderes em todas as esferas da sociedade que possam conduzir a história a objetivos melhores, mas relembrou a importância de olhar para o passado. Ela, uma mulher negra, acorda todos os dias na casa mais importante do país, construída por escravos. E porque mulheres de outros tempos lutaram por esta representatividade é que as de hoje podem achar normal e até subestimar a possibilidade de uma mulher ser presidente dos Estados Unidos.

 

6. Porque ela pratica a sororidade e faz parcerias com mulheres importantes em seus projetos

 

Michelle criou este ano na Casa Branca o United State of Women, uma conferência que reuniu mulheres inspiradoras de diversos campos para discutir iniciativas e avanços no campo da igualdade de gênero. Além de promover o debate, a iniciativa continua após as palestras através do fomento coletivo de oportunidades que corrijam o gap entre os sexos. A atitude da primeira-dama ainda é louvável por reunir um portfolio incrivelmente diverso de colaboradoras, que representaria um avanço para o resultado de qualquer discussão. Alguns nomes conhecidos das artes? Meryl Streep, Kerry Washington, Tina Fey, Laverne Cox e Shonda Rhimes. Verdadeiro #squadgoals.

 

7. Porque ela se tornou uma das grandes oradoras da atualidade

 

E isso é importante não só porque ela é uma referência para mulheres de diferentes origens, religiões, orientações sexuais, etc., ao defender direitos e conquistas sociais, mas também porque Michelle se retirou do – ou melhor, ampliou – seu papel de primeira-dama. Esposas de chefe de Estado desenvolvem, tradicionalmente, trabalhos sociais em seus países e servem como espécies de "embaixadoras do ideal feminino" (este, na verdade, um estereótipo machista) em missões internacionais. Já Michelle usou sua posição e visibilidade para se aproximar do público por onde quer que fosse e promover os debates que importam na atualidade. Um exemplo é esta conversa com a plateia jovem no festival South By Southwest (SXSW) de 2016, onde ela falou de política e educação.

 


8. Porque ela encarou de frente o estereótipo da Mulher Negra Raivosa

 

Apesar de ter suas origens na classe média trabalhadora de Chicago, Michelle teve uma educação de elite: frequentou as universidades de Princeton e Harvard, é uma renomada advogada e líder comunitária e foi a mentora profissional do próprio marido. No entanto, ao assumir a função de primeira-dama, ela foi enquadrada em um estereótipo cruel – o da angry black woman. Isto porque dela era esperada uma atitude dócil e submissa ao líder do país – à la Jackie Kennedy – que não combinava com a eloquência e a autoconfiança exibidas por uma mulher moderna, bem-sucedida e parceira do marido. Michelle, contudo, não baixou a guarda e usou suas habilidades para defender seus projetos na Casa Branca. Oito anos depois, ela deixa a função e sua marca na história, abrindo espaço para mulheres através de seu exemplo, como bem escreveu a autora e jornalista feminista Gloria Steinem no New York Times.

 

Fonte: M de Mulher

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