18 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
04/08/2018

Coreia do Norte continua desenvolvendo programa nuclear, diz ONU

Foto: Reprodução

Em junho, a Coreia do Norte se comprometeu em desmontar o seu programa nuclear durante o encontro inédito de seu líder, Kim Jong-un, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Singapura.

A Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis apesar do compromisso assumido, em junho, com os Estados Unidos. A conclusão está em um relatório confidencial das Nações Unidas que foi revelado neste sábado, 4, pela imprensa americana.


O estudo mostra ainda que os norte-coreanos estão violando as sanções econômicas internacionais impostas ao país.


O documento de 62 páginas foi elaborado por analistas independentes que apresentam seus resultados a cada seis meses ao Comitê de sanções à Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU.


Para a CNN, o relatório da ONU parece confirmar as notícias publicadas pelo jornal "The Washington Post" há poucos dias, que sugeriam que o Serviço de Inteligência dos EUA tinha encontrado novas informações, incluindo imagens de satélite, que mostravam que a Coreia do Norte poderia estar em processo de construção de novos mísseis.

 


Imagens de satélite datadas de 22 de julho mostram o aparente

desmanche de instalações na estação de lançamento de

satélites Sohae, na Coreia do Norte

(Foto: AFP)

 

O relatório da ONU vem a público no momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, está em Singapura para uma reunião ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).


Nesse fórum, ele o afirmou que defende que se mantenha a pressão diplomática e econômica sobre Pyongyang enquanto o país não der passos concretos para desmantelar seu programa nuclear - compromisso firmado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante encontro com o presidente americano, Donald Trump. “Estou otimista em nosso sucesso, mas todos sabemos que vai levar tempo", observou.


Armas


Os observadores constataram violações às proibições das exportações norte-coreanas de carvão, ferro, mariscos e outros produtos, que geram milhões de dólares em receitas ao regime de Kim Jong-un.


O documento aponta ainda que a Coreia do Norte recorreu a um "aumento maciço" de transferências ilegais de produtos petrolíferos no mar para driblar as sanções da ONU e contratou um agente sírio para vender armas ao Iêmen e à Líbia.


O texto menciona o traficante de armas sírio Hussein Al-Ali que ofereceu uma gama de armas convencionais e, em alguns casos, mísseis balísticos produzidos na Coreia do Norte a grupos armados.


A transferência de produtos petrolíferos a tanques norte-coreanos continua sendo "um método primário de evasão de sanções" que envolve 40 navios e 130 empresas associadas, descreve a ONU.


Estas violações fizeram com que a última bateria de sanções à península coreana se tornasse "ineficaz", afirma o documento.


Compromisso com fim das armas nucleares


Em 2017, o mundo acompanhou um aumento da tensão sem precedentes entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que foi marcada por lançamentos de mísseis e um teste nuclear pelo regime de Pyongyang. Em retaliação, foram impostas sanções internacionais cada vez mais rigorosas contra o país.


Desde o ínicio de 2018, Kim Jong-un sinalizou uma abertura para o diálogo com a vizinha, Coreia do Sul, e rapidamente houve uma tentativa de reaproximação com os Estados Unidos.


Em junho, a Coreia do Norte se comprometeu em desmontar o seu programa nuclear durante o encontro inédito de seu líder, Kim Jong-un, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Singapura.


Ao retornar a Washington depois do encontro, Trump chegou a postar no Twitter uma mensagem na qual dizia que “não existe mais uma ameaça nuclear da Coreia do Norte”.


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Os dois países se comprometeram a "deixar o passado para trás" e afirmaram que "o mundo verá uma grande mudança". Porém, o documento final não estabelecia metas ou detalhes de como o abandono da produção de armas seria feito de forma completa, irreversível e verificável, como pedem os Estados Unidos.

 


Kim e Trump se cumprimentam (Foto: AFP) 


A entrega dos restos mortais que seriam de soldados americanos vítimas da Guerra na Coreia (1950-1953) é vista como concreto firmado pelas duas partes até agora.


A transfência nesta semana das caixas com restos mortais, que ainda passarão por um processo de identificação, foi vista como um gesto de boa vontade de Kim. Trump agradeceu e disse que espera revê-lo em breve.

 

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G1

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