28 de Marco de 2024 - Ano 10
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04/05/2016

Elizabeth Savalla: “Eu gosto de diretor exigente que me bota à prova”

Trazemos para você uma “Entrevista Especial” com uma maravilhosa atriz. Ela se casou aos 19 anos com o ator Marcelo Picchi, com quem teve 4 filhos. Estudou na Escola de Artes Dramáticas da USP. Em 1978, foi eleita uma das 10 mulheres mais bonitas do Brasil, pelo programa “Fantástico”. Sua estreia em telenovelas aconteceu na versão original de “Gabriela”- sendo premiada por seu notório trabalho. Ela têm mais de 40 anos de carreira, uma brilhante trajetória trilhada, personagens marcantes que até hoje povoam nosso imaginário e atualmente vêm nos brindando com sua maravilhosa interpretação na novela “Eta Mundo Bom”. Estamos falando da magnifica atriz ELIZABETH SAVALLA.

 

Jéfferson Balbino: Atualmente, você vem dando um show de interpretação na atual novela das seis da Globo, “Eta Mundo Bom”. Como você define a Cunegudes?

 

Elizabeth Savalla: A Cunegudes é daquelas pessoas que visa apenas o próprio interesse. Ela é rígida, extremamente rígida, é má feito o pica-pau (risos), mas tem tudo haver com a rigidez da época, porém, sempre faz qualquer coisa para se dar bem.

 

Jéfferson Balbino: Ela seria uma espécie de parente da Imaculada – sua personagem na novela “A Padroeira”?

 

Elizabeth Savalla: Não, pois elas são diferentes, sobretudo, porque a Cunegudes fala com sotaque. A Imaculada era uma vilã cômica também, enfim, é diferente, mas não deixa de ser parecida. Elas são dá mesma vibe, Jéfferson (risos).

 

Jéfferson Balbino: Quando eu entrevistei a dona Laura Cardoso ela me disse sobre os cuidados que o ator deve ter ao interpretar uma personagem com sotaque. Gostaria de saber quais os cuidados que você possui?

 

Elizabeth Savalla: Eu faço brincando minhas personagens, Jéfferson. Vou levando... Não gosto de ficar preocupada... E, também, quando você faz brincando uma personagem o público sente isso.

 

Jéfferson Balbino: Embora você seja mais conhecida por suas personagens cômicas, você também deu vida há muitas personagens densas/dramáticas. Você prefere comédia ou drama?

 

Elizabeth Savalla: Quando você tem um personagem inteiro, conciso - que é oque o Walcyr [Carrasco] nos dá, você fará bem e não importa se ele é de comédia ou de drama.

 

Jéfferson Balbino: E você costuma fazer laboratório para construir uma personagem?

 

"Minha obra prima sempre será minha primeira personagem – no caso a Malvina

“Gabriela” –, que foi uma grande personagem. Mas tem outras tantas

como a de “Pai Herói”, a Lili de “O Astro”, a Márcia de “Amor  à

Vida”, a Jezebel de “Chocolate com Pimenta”, existe um monte..."

 

Elizabeth Savalla: Eu vou sempre pelo texto, mas é claro que dou também uma estudada na época para ter uma noção de como as pessoas se comportavam...


Jéfferson Balbino: Embora você seja uma grande estrela, você gosta de fazer alguma atividade doméstica como toda dona de casa (risos)?

 

Elizabeth Savalla: Eu gosto de lavar roupa – quando tenho tempo (risos).

 

Jéfferson Balbino: Nessa sua maravilhosa galeria de marcantes personagens, qual seria sua obra-prima?

 

Elizabeth Savalla: É, e sempre será o próximo personagem.

 

Jéfferson Balbino: Mas existe alguma personagem que lhe satisfez por completo e que por essa razão você possui um carinho um pouco mais especial?

 

Elizabeth Savalla: Olha, acho que sempre será minha primeira personagem – no caso a Malvina de “Gabriela” – que foi uma grande personagem. Mas tem outras tantas como a de “Pai Herói”, a Lili de “O Astro”, a Márcia de “Amor à Vida”, a Jezebel de “Chocolate com Pimenta”, existe um monte...

 

Jéfferson Balbino: E quando você vê outra atriz como, por exemplo, a Alinne Moraes no remake de “O Astro”, revivendo uma personagem que você já fez? Sente ciúmes?

 

"A Rosinha é uma das atrizes mais lindas e queridas que eu já conheci. Eu a vi fazendo

a primeira versão da novela “A Muralha”, na Excelsior, e eu era menina que via

aquela personagem dela andando com uma jaguatirica o tempo todo e pra todo lado...

 

Elizabeth Savalla: Não. Talvez, isso ocorra porque eu quase nem assisti e, dificilmente, assisto televisão, porque eu faço muito teatro e não dá tempo.

 

Jéfferson Balbino: E você fica triste quando acaba um trabalho e você tem que deixar a personagem que te acompanhou durante alguns meses?

 

Elizabeth Savalla: Não, pois tenho um desprendimento das minhas personagens até porque logo vem outra, mas quando estou muito apegada no começo – após o término da novela – sinto, mas logo depois já passa.

 

Jéfferson Balbino: Você gosta de assistir novelas?

 

Elizabeth Savalla: Quando uma história me pega como “Verdades Secretas” – até mesmo pelo horário que foi exibida e eu já estava em casa e tal – aí eu assisto.

 

Jéfferson Balbino: E o que é mais gratificante na carreira de atriz?

 

Elizabeth Savalla: Trabalhar.

 

Jéfferson Balbino: No passado, você fez muitos trabalhos com o inesquecível diretor Walter Avancini que era considerado o diretor mais rígido da televisão. Você teve algum problema com esse jeito austero do Avancini?

 

Elizabeth Savalla: Não! Até porque eu gosto de diretor exigente que me bota à prova – eu adoro.

 

Jéfferson Balbino: O Jorginho [Jorge Fernando] é sempre desse jeito alegre e divertido no set ou tem um lado severo também?

 

Elizabeth Savalla: Ele é um amor de pessoa, mas também tem seu lado severo. Enfim, cada um tem seu jeito.

 

Jéfferson Balbino: E você tem ou já teve vontade de dirigir alguma peça?

 

Elizabeth Savalla: Eu fiz, recentemente, uma supervisão na peça sobre o palhaço Carequinha que meu filho escreveu e o outro atuou, mas não foi uma direção e sim uma supervisão onde fiz pouca coisa.

 

Jéfferson Balbino: Esse ano marca o centenário de uma das maiores novelistas que esse país conheceu: Ivani Ribeiro. Você atuou em "Hipertensão" e em “Quem é Você?”, ambas novelas de autoria dessa magistral escritora. Já entrevistei diversos atores que trabalharam em novelas escritas por ela, mas que nunca chegaram a vê-la. Você teve algum contato com ela durante a novela ‘Hipertensão”, visto que a novela “Quem é Você?” foi uma obra póstuma da novelista?

 

Elizabeth Savalla: Eu tive contato com a Ivani [Ribeiro], pois certa vez fui à casa dela, porque a Renata – minha personagem em “Hipertensão” – não era a protagonista de novela, mas era uma personagem importante e ela queria que eu fizesse a novela e eu fui até a casa dela e ela acabou me convencendo para fazer a novela...

 

Jéfferson Balbino: E a que você atribui o imenso sucesso da Márcia – sua personagem na novela “Amor à Vida”?

 

Elizabeth Savalla: Ao fato dela ser uma personagem extremamente popular.

 

Jéfferson Balbino: E qual foi sua fonte de inspiração pra interpretar essa mulher do povo?

 

Elizabeth Savalla: A Rita Cadillac me deu algumas aulas, mas o resto tinha tudo no texto, afinal o Walcyr Carrasco é muito bom!

 

Jéfferson Balbino: Você também fez alguns trabalhos com uma querida amiga minha, a atriz Rosamaria Murtinho. Como foi contracenar com a Rosinha?

 

Elizabeth Savalla: A Rosinha é uma das atrizes mais lindas e queridas que eu já conheci. Eu a vi fazendo a primeira versão da novela “A Muralha”, na Excelsior, e eu era menina que via aquela personagem dela andando com uma jaguatirica o tempo todo e pra todo lado... A gente fez vários trabalhos juntas como em “Pai Herói”, “Sete Pecados” e “Amor à Vida”... Enfim, eu adoro a Rosinha, a gente sempre conversa muito, ela é uma atriz maravilhosa e uma pessoa maravilhosa.

 

Fonte: No Mundo dos Famosos

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