Empresa de serviços gerais que atende o Estado não paga funcionários desde outubro de 2017 por falta de repasses da Sejusc

O PORTAL DO ZACARIAS recebeu nesta semana mais uma denúncia de funcionários terceirizados, que prestam serviço ao Estado e que não recebem pagamento desde o ano passado, a exemplos dos contratos administrados pela Secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).

Na última segunda-feira, 19, uma senhora, que preferiu não ter seu nome revelado, procurou o PORTAL DO ZACARIAS para denunciar a situação em que está atualmente. De acordo com ela, a empresa Gasil Comercio e Serviços, que presta serviços gerais para o Estado pela Sejusc, não paga seus funcionários desde outubro de 2017.

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A situação chegou ao ponto que servidores tiveram que parar de trabalhar nas agências do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), localizadas nas diversas zonas de Manaus, por não ter como se manter, alguns ainda foram atrás de seus direitos no Ministério do Trabalho (MTE).

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Procurado pela reportagem, o responsável pela empresa, Geovanny Alves, se pronunciou em relação às denuncias e disse que alguns funcionários chegaram a receber, mas como o dinheiro que tinha em caixa acabou, fornecedores não recebem há 4 meses.

"Conseguir pagar alguns, mas dependo do repasse da Sejusc. Não tenho mais de onde tirar para pagar os funcionários, porém deixei bem claro que eles podem procurar seus direitos no Ministério do Trabalho, eu vou pagar quando receber o dinheiro vindo da Sejusc, nem que seja no Ministério”, disse o proprietário da Grasi.

Além disso, Geovanny disse que problemas na antiga gestão agravaram a situação financeira de empresas que fornecem ou prestavam serviços ao Estado em 2017. “Na gestão do ex-secretário da Sejusc (Clizares Santana) nós (empresas) que prestamos serviços ao Estado não recebíamos nada e éramos ignorados pela secretaria. O secretário nem repassava os orçamentos à Sefaz para seguir com os trâmites legais e recebermos. Graças a Deus ele não está mais lá”.

Geovanny conclui dando um prazo para os pagamentos. "Eu conversei com a atual gestão da Sejusc e com titular da pasta, Arthur Lins, que me deu o prazo de até mês de março para começar a repassar o dinheiro, então poderei pagar os funcionários", disse.

O PORTAL DO ZACARIAS procurou a Sejusc para mais esclarecimentos, mas até o fim desta reportagem não recebeu retorno à demanda e deixa aberto espaço para comentários posteriores.

Ex-secretário da Sejusc, Clizares Doalcei Silva de Santana

Clizares foi acusado de realizar diversos

esquemas fraudulentos enquanto esteve como titular da pasta

Clizares Santana, 35, formado em administração pela Universidade Católica de Salvador, foi empossado no mês de outubro de 2017 para o cargo na Secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) com o dever de coordenar o órgão responsável por executar a política estadual de Direitos Humanos.

A gestão se iniciou em outubro de 2017 e terminou em janeiro deste ano por determinação do governo atual. Em nota, o decreto de exoneração assinado por Amazonino Mendes foi divulgado no dia 8 de janeiro, passando a Sejusc para Arthur César Zahlut Lins, que assumiu a pasta em razão das eleições deste ano. "A saída também atende determinação do governador para que titulares de órgãos da administração estadual que têm pretensões eleitorais deixem os cargos que ocupam no governo", conclui nota.

O PORTAL DO ZACARIAS fez matérias

sobre a atuação do ex-secretário (Fotos: Reprodução)

O ex-secretário foi titular da pasta durante três meses e se evolveu em diversos problemas. O PORTAL DO ZACARIAS fez reportagens divulgando denúncias sobre o ex-titular da pasta; confira:

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Clizares ainda foi acusado de contratar serviços de sonorização por R$ 707,9 mil da empresa F.M. Indústria Gráfica e Locação de Máquinas e Equipamentos LTDA. (GRAFTECH TECHSOUND).

Além disso, a ex-secretária da pasta, Ana Regina Paz de Almeida, denunciou o secretário que havia a substituído dizendo que no período em que o apadrinhado do deputado federal Silas Câmara esteve na Sejusc, vários desvios administrativos foram cometidos, entre eles: nomeação de parentes e de membros da Igreja Assembleia de Deus.