O ex-presidente peruano era investigado pela suposta trama de subornos da construtora brasileira em desdobramento internacional da Lava Jato
O ex-presidente peruano Alan García, de 69 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (17), horas após atirar na própria cabeça, durante o cumprimento de um mandado de prisão contra ele, em Lima.
A informação foi confirmada pelo advogado do ex-presidente, Erasmo Reyna, no Twitter.
García foi levado pelos próprios policiais da casa dele, no bairro de Miraflores, até um hospital próximo, onde passou por cirurgia.
Informações divulgadas pelo hospital davam conta de que o ex-presidente teve três paradas cardiorrespiratórias depois de dar entrada na unidade de saúde.
Em frente ao hospital Casimiro Ulloa centenas de apoiadores de García choravam após a notícia da morte.
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O congressista Mauricio Mulder, amigo do ex-presidente, lamentou a morte em entrevista coletiva na porta do hospital.
"Para nós, apristas [filiados da Aliança Popular Revolucionária Americana], que somos sua família, é um ato de dignidade e de honra, frente a uma perseguição fascista que se confabulou em setores do Ministério Público, da imprensa oligárquica e dos inimigos políticos que buscam o escárnio e o insulto nas agressões diretas contra o presidente García."
O político foi acusado de receber dinheiro de propina da construtora Odebrecht para favorecer a empreiteira nas obras da linha 1 do metrô de Lima.
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Os investigadores apontam que cerca de US$ 4 milhões estavam depositados em uma conta de Luis Nava, ex-secretário de García durante seu segundo mandato presidencial. Ele sempre negou as acusações.
El País / R7