Mulher dar à luz no chão de hospital de Tefé e o garoto jogado em cima de tábua no barco
A morte de um garoto da zona rural do município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus) nesta quarta-feira (3) foi a gota d’água na paciência dos cidadãos com o abandono da saúde pelo prefeito Jucimar Veloso, o Papi, e pela secretária de Saúde, Nalu Celani e seu marido e diretor setorial do Hospital de Tefé, José Rodrigues, recentemente preso com droga e arma em sua casa.
Papi está sendo acusado frontalmente pela população de ser o responsável pela morte de Adrielson Alves, de apenas 12 anos, que lhe teve negados a assistência necessária no hospital de Tefé e até mesmo o direito a uma aeronave para transferência urgente para tratamento em Manaus. Foi jogado no fundo de uma embarcação, sobre uma tábua, e abandonado no porto do município de Manacapuru (a 68 quilômetros da capital) às 17h, onde ficou agonizando até que uma ambulância o transportasse para o hospital João Lúcio, o Joãozinho, isso já pelas 23h, conformem relatam familiares.
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O pequeno tefeense morreu de morte cerebral logo depois de dar entrada no hospital. Médicos disseram aos familiares de Adrielson que a demora em socorrê-lo foi causa determinante para sua morte.
Povo, indignado e revoltado com Papi, repudia e quer providência
Confira nota publicada na internet por moradores de Tefé sobre o episódio:
“É com imensa alegria e enorme satisfação que venho agradecer aos assassinos (ideológicos) de nossa orgulhosa e incontestável administração pública da Prefeitura Municipal de Tefé. Em especial, ao senhor prefeito da cidade, Josimar Veloso (Papi), consequentemente ao Secretário (a) de Saúde do Município e, não esquecendo, é claro, de nossos 15 e amados vereadores (as) que bravamente fiscalizam a administração pública e o descaso social em nossa Velha Egas!!
Aqui jaz uma morte!! (foi só mais uma) Este jovem que seus pais chamavam de Adrielson Alves, era filho de Tefé, morador da esquecida Comunidade da Emade (zona rural) e que esdruxulamente fora vilipendiado e abandonado à própria sorte. Pena que a sorte não esteve com ele.
Com suspeita de meningite, não teve sequer o direito de ser atendido por uma unidade aeromóvel para que o seu direito como ser humano fosse garantido, qual seja, a SAÚDE. O princípio da DIGNIDADE HUMANA não foi cabível ao jovem, e o único destino que lhe restou, foi ser jogado aos fundos de uma lancha que humanamente o colocou ao chão da embarcação, sobre uma confortável tábua!
Não sendo suficientes as acomodações que nossa honrosa prefeitura conseguiu, esse adolescente foi abandonado, isso mesmo, abandonado na cidade de Manacapuru, por volta das 17h00min e só foi resgatado às 23h00min por uma ambulância que o trouxe ao pronto socorro de Manaus.
(In)felizmente veio a óbito no Pronto Socorro do Joãozinho, segundo os médicos, por morte cerebral pela leniência na prestação ao atendimento de urgência. Urgência acredito que tiveram os anjos, pedindo ao nosso bom Deus, que cansados de verem o sofrimento desse jovem, foram atendidos e este foi libertado e levado para o céu!!
Obrigado Prefeito, obrigado Secretário de Saúde, obrigado aos Vereadores pela lembrança deste pobre jovem. Foi apenas mais um pobre, um caboclo rural, interiorano... uma criança... que morreu em consequência da fatídica administração que castiga nossa Tefé.
Em homenagem ao Adrielson Alves dos Santos, ofereço a música Perfeição, de Legião Urbana, em especial essa estrofe:
"Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais"
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(Fotos: Reprodução / Internet)
Bebê vem ao mundo no chão do corredor do hospital
Não faz nem um mês que publicamos aqui o descaso de Papi com o dinheiro público do cidadão de Tefé, assim como não são poucas as denúncias do povo contra a má gestão do prefeito e sua turma de secretários incompetentes.
Conforme prometido em 26 de dezembro, o PORTAL DO ZACARIAS exibe hoje, com exclusividade, um vídeo que comove e indigna porque reflete todo o desprezo que um administrador pode ter com a vida humana. As imagens são fortes, mas necessárias que sejam mostradas para que, pelo choque, a população e os órgãos de fiscalização do Ministério Público, principalmente o Gaeco, a Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas e outros adotem uma providência urgente a favor dos moradores de Tefé.
Sentindo muitas dores, a parturiente pedia a todo instante que os servidores do hospital a levassem para a sala de parto. Ninguém deu ouvido. A criança acabou nascendo no chão frio do corredor do hospital.
A amiga da mãe filmou tudo, embora ameaçada pelo diretor José Rodrigues caso divulgasse as imagens.
Estão esses cidadãos entregues à própria sorte, mas nem sempre a sorte tem estado ao lado. Quando ela falha, acontece a perda de vidas, como as que vêm sendo denunciadas neste espaço já há algum tempo.
A situação em Tefé, desgraçadamente, não é fato isolado e se repete em vários municípios, principalmente nos mais distantes da capital. O setor de saúde quase sempre é o que mais sofre com a má gestão e desvio dos recursos que deveriam ser destinados à assistência da população.
Nesta semana, escandalizou a sociedade amazonense ver bebês gêmeos do município de Jutaí (a 751 quilômetros de Manaus) serem mantidos no hospital local por um respirador improvisado com garrafas pet. Uma excrescência!
Um dos bebês morreu no hospital e o outro está em estado grave.
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