Juliana Paes ganhou dotes culinários ao interpretar Maria da Paz
Juliana Paes é a personificação da força feminina em “A dona do pedaço”. Na próxima novela das nove, com estreia prevista para maio, luta é o que não falta para Maria da Paz. Nos anos 90, quando a protagonista da trama de Walcyr Carrasco se apaixona por Amadeu (Marcos Palmeira), que pertence a uma família rival a sua, tem início a saga da heroína.
Nesse “Romeu e Julieta” moderno, o mocinho desaparece misteriosamente, enquanto a mocinha é jurada de morte. Sem saída, ela deixa a fictícia cidade de Rio Vermelho e segue para São Paulo com a cara, a coragem e a garra necessárias para conquistar o mundo. Na segunda fase, no momento em que a história chega aos dias de hoje, a filha de Evelina (Nívea Maria) é proprietária de um império no ramo da confeitaria.
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— Essa novela vai conversar com todas as mulheres que são donas de si, que se fizeram pelo próprio esforço e que são a razão do sucesso que conquistaram. Como a única coisa que Maria da Paz sabe fazer é bolo, ela começa vendendo em uma carrocinha. Depois, em uma portinha de garagem. E a coisa vai dando certo — adianta a atriz, de 40 anos.
Forno e fogão não são especialidades de Juliana, mas a preparação para protagonizar “A dona do pedaço” fez com que ela ganhasse dotes culinários.
— Não sou muito de ir para a cozinha. Mas, quando vou, é para fazer sobremesa. Para mim, sempre foi fácil bater um bolinho de banana, mas tive aulas de uma culinária mais avançada e aprendi alguns segredinhos profissionais. Já sei, por exemplo, dar um toque diferente no brigadeiro para ele ficar mais cremoso, que é colocar um pouquinho de creme de leite — ensina a artista.
Na trama, Maria da Paz e Amadeu vivem um amor proibido
(Foto: João Miguel Junior / Rede Globo / Divulgação)
Nas receitas de Maria da Paz, um ingrediente nunca é esquecido: o amor. O jeito dócil e generoso da personagem esconde a dor de ter perdido o homem por quem se apaixonou e que foi dado como morto. A parte feliz é que, sim, eles se reencontram, o que permite que a atriz siga contracenando ao lado de Marcos Palmeira, com quem atuou em “Celebridade” (2003) e em “As brasileiras” (2012):
— Nós já tínhamos essa troca de amizade. Ele é pé no chão, simples, nada deslumbrado. Acaba uma novela e volta para a fazenda, enquanto eu vou para a minha turma de São Gonçalo. Sempre achei chatas essas pessoas que se sentem descoladas das outras profissões só porque são artistas. Nosso trabalho é como o de qualquer pessoa. O que a gente tem de diferente é a visibilidade. Mas ficar numa vitrine o tempo todo é difícil.
Mãe de meninos
Juliana Paes é a simplicidade em pessoa, mas tem momentos em que tem prazer em se apropriar do título da próxima novela das nove.
— Eu me sinto a dona do pedaço quando gravo, chego em casa, tomo conta da merenda das crianças, faço dever de casa, coloco os meninos para dormir, leio uma historinha, deito e ainda vou assistir a um filminho — conta a mãe de Pedro, de 8 anos, e Antônio, de 5, frutos do casamento com o empresário Carlos Eduardo Baptista.
Juliana com os filhos Pedro, de 8 anos, e Antônio,
de 5 (Foto: reprodução/ Instagram)
Mãe dedicada, a atriz ainda se vê às voltas com a responsabilidade de criar dois meninos numa sociedade ainda marcada pelo machismo:
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— É uma missão, uma tarefa complicada, porque a gente não educa os filhos sozinhos. Tem as pessoas em volta que são parte da formação da mentalidade de uma criança, o que eles assistem na televisão, no celular, e o que o avô, que é de uma geração anterior, fala. Outro dia, ouvi o avô falar que menino não chora. Eu gritei: “Chora, sim!”. O homem pode escolher como quer se expressar.
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