20 de Abril de 2024 - Ano 10
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Mulher
30/08/2015

Mulheres lésbicas vão construir agenda de demandas para garantir políticas públicas no Amazonas

Foto: Divulgação / Secom

Poder público e sociedade civil organizada do segmento de mulheres lésbicas do Amazonas se reuniram na última sexta-feira, 28 de agosto, no auditório da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) para discutir visibilidade lésbica com foco no tema “Quebrando Paradigmas, Construindo Cidadania”.

 

O encontro foi promovido pelo Departamento de Promoção e Defesa de Direitos (DPDD) em parceria com a Secretaria Executiva de Política para Mulheres (SEPM), ambos da Sejusc, e desencadeou a construção de uma agenda de demandas específicas para as mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais (LBT). Saúde, educação, mercado de trabalho e segurança pública serão as principais pautas que vão compor o documento que deverá ficar pronto em setembro.

        

A secretária da Sejusc, Graça Prola, enfatizou a importância do Estado em fazer uma buscativa do segmento aqui no Amazonas para conhecer as demandas, atende-las e garantir os seus direitos. “Sabemos que as mulheres lésbicas são invisíveis perante as políticas públicas e sofrem preconceito e discriminação no dia-a-dia. Esse debate foi o início de um projeto que visa atender essa população com mais atenção nas instâncias do Governo do Estado e provocar um estreitamento entre o poder público e os movimentos. Portanto, vamos trabalhar para que a sociedade as enxergue como cidadãs com direitos e deveres”.           

 

Para a representante da Associação Amazonense de Mulheres Independentes pela Livre Expressão Sexual (Aamiles), Sebastiana Silva, o debate serviu como ponto de partida para buscar soluções, através de informação e conhecimento. “Discutir essa temática de forma clara e transparente é importante para começarmos a fazer reflexão. Por que quando não falamos à sociedade quais são nossas angústias e anseios e como o serviço público pode nos atender, nós mesmos, estamos tirando nosso direito. Isso reforça que independe de condição sexual somos cidadãs e temos direitos”, declara.

 

Segundo o psicólogo e coordenador da Associação Amazonense de Saúde Mental, Jhon Elton Santos, a mulher lésbica sofre com o atendimento em vários setores por falta de conhecimento dos profissionais e em muitos casos, preconceito. “Temos um dívida social com a população LBT por que não discutimos e nem fomentamos com mais intensidade as questões relacionadas a esse público. Esse conhecimento tem que ser compartilhado e multiplicado para que esse assunto não seja mais tabu”.

 

O encontro aconteceu em comemoração ao Dia da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto desde 2003, para fortalecer a luta em relação ao respeito a identidade de gênero e a cidadania do segmento. 

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