19 de Abril de 2024 - Ano 10
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02/09/2015

Mulheres são metade dos funcionários das melhores empresas para trabalhar

Foto: Reprodução / Internet

Elas são 41% dos chefes, 24% dos executivos de alto escalão e 9% dos presidentes das empresas

No ano passado, rendeu um pequeno susto o perfil do universo de funcionários das 130 melhores empresas para trabalhar no Brasil. Depois de um período de ascensão, a participação feminina no total de cargos e nos cargos de chefia havia voltado a recuar. Neste ano, os dois indicadores voltaram a subir. No longo prazo, a escalada é bonita de ver. Entre 2005 e 2015, a fatia feminina no total de funcionários passou de 34% para 50%, e nos cargos de chefia de 20% para 41%. O balanço entre gêneros é medido todo ano pelo Great Place to Work (GPTW), consultoria multinacional especialista em qualidade de ambientes de trabalho. GPTW e ÉPOCA, em parceria, premiaram as melhores empresas para trabalhar dia 17 de agosto. 

 

Na edição deste ano, o GPTW avaliou 1.454 organizações. Elas compõem um grupo seleto no universo empresarial brasileiro, pelo simples empenho em avaliar e melhorar seus ambientes de trabalho. Dessas, o GPTW destacou 135, pelo alto grau de confiança que inspiram no funcionário e pela combinação do que oferecem – oportunidades de crescimento profissional, cultura de trabalho com que o funcionário se identifica, boa qualidade de vida, remuneração e benefícios adequados.

 

Mesmo nesse grupo de elite, em que a discriminação descarada é combatida, repete-se o fenômeno apelidado como “teto de vidro” – barreiras invisíveis que impedem a ascensão das mulheres. Quanto mais se sobe na escada corporativa, menos mulheres se veem. Elas são 41% dos chefes, 24% dos executivos de alto escalão e apenas 9% dos presidentes, nas empresas premiadas pelo GPTW. O efeito se torna mais severo em áreas como engenharia e indústria. Parte do problema ocorre pela simples falta de mulheres profissionais nessas áreas. As meninas são pouco incentivadas, em casa e na escola, a gostar de matemática, diz a socióloga Bárbara de Castro, da Unicamp, que estuda o tema.

 

Para mudar o quadro, as empresas se empenham de formas variadas. Uma é orientação profissional mais cuidadosa para as mulheres. A montadora MAN, com 7% dos postos de chefia a cargo de mulheres, criou o Programa Woman, em que executivas de diversas áreas se reúnem uma vez por mês para compartilhar experiências com outras funcionárias. A engenheira Lívia Simões é uma das que gostam de participar. Na farmacêutica Bristol-Meyers Squibb (53% das chefias a cargo de mulheres), o que fez diferença para a gerente de RH Anna Carolina Fazão foi poder trabalhar de casa durante a gravidez. Na fabricante de computadores Dell (33% das chefias a cargo de mulheres), há um esforço para contratar e promover mais mulheres – sabe-se que a diversidade torna a organização mais inteligente. Uma das executivas a fazer essa diferença, num setor com forte predominância masculina, é a diretora de Informação da Dell, Giovana Mueller.

 

O desequilíbrio não se resolverá rápida nem facilmente. A consultora de RH Mara Turolla, da Career Center, criou um programa de mentoria em grandes empresas para mostrar soluções que conciliem trabalho e família. “Há uma parcela ainda grande de mulheres entre 25 e 36 anos que desistem de suas carreiras”, conta. Reduzir esse problema beneficiará não apenas as mulheres, mas a sociedade inteira.

 

Fonte: Epoca

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