Prefeitura intensifica combate à exploração infanto-juvenil no carnaval

Com a chegada do período carnavalesco, a Prefeitura de Manaus vai intensificar a campanha de combate à exploração sexual infanto-juvenil e trabalho infantil nos desfiles das escolas de samba, no sambódromo, bandas, blocos de rua e nos pontos de saída da cidade para o interior do estado, como a Ponte Rio Negro e a barreira. De sexta-feira, 5, até a terça-feira de Carnaval, 9, serão 58 bandas apoiadas pela prefeitura, em todas as zonas da cidade.

As ações são desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Conselheiros Tutelares, além de órgãos do governo estadual, como a Sejusc e a Polícia Militar.

De acordo com a portaria 001/2016, do Juizado da Infância e da Juventude, é proibida a permanência de menores de cinco anos nas bandas e blocos carnavalescos. Maiores de cinco anos até os 17, somente se estiverem acompanhados dos pais ou responsável. A venda de bebidas alcoólicas também é proibida para menores de idade.

“Como teremos a realização de muitas bandas neste período, nossa preocupação aumenta e com isso, aumentamos o número de pessoas envolvidas nas ações. Estenderemos o horário de acompanhamento das equipes e faremos a abordagem já na entrada das bandas e blocos. É uma somatória de esforços para garantir que as crianças e adolescentes tenham seus direitos respeitados. Pedimos aos pais que evitem levar as crianças para esses pontos de grande concentração de pessoas, principalmente as crianças com menos de cinco anos”, alertou a secretária da Semmasdh, Goreth Garcia Ribeiro.

Os organizadores de eventos carnavalescos também estão sendo sensibilizados para colaborarem com o trabalho desenvolvido pelas equipes. “Eles são responsáveis pelo público que está presente no evento. Então, pedimos que não permitam a entrada dos menores, que alertem os foliões sobre os cuidados que temos que ter com nossas crianças e adolescentes, sob risco de não conseguirem o patrocínio do poder público municipal no Carnaval do próximo ano”, finalizou Goreth Garcia Ribeiro.

Fotos: Diego Caja

Em casos de trabalho infantil e abuso sexual a população deve denunciar no Disque 100, Disque Direitos Humanos (0800 092 6644) e Disque Denúncia (0800 092 1407).