18 de Abril de 2024 - Ano 10
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13/01/2017

Redução dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika vírus só será possível se população ajudar, afirma infectologista

Foto: Reprodução / Internet

A forma mais eficaz de prevenção contra a Dengue, Chikungunya e Zika vírus é o combate ao mosquito

O Amazonas registrou, em 2016, 14.881 casos de Dengue, 1.075 de Chikunguyna e 6.024 de Zika vírus, conforme dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). As doenças, que têm em comum a forma de transmissão, pelo mosquito Aedes aegypti, todos os anos é motivo de preocupação das autoridades de saúde.

 

A infectologista da Unimed Manaus, Eda Chagas, afirma que a população possui papel fundamental no controle dessas doenças, já que se não houver o compromisso de cada pessoa em eliminar os focos do mosquito, a tendência é que o número de casos cresça a cada ano.

 

Segundo a infectologista, até o momento a forma mais eficaz de prevenção contra a Dengue, Chikungunya e Zika vírus é o combate ao mosquito. “Existe uma vacina para Dengue, mas que não está disponível gratuitamente para a população. Portanto, o controle ao Aedes aegypti é essencial”, reforçou.

 

Ela diz que, a falta de saneamento básico nas cidades, cria o ambiente propício para a proliferação do mosquito. Por isso, a população mesmo que já faça regularmente o monitoramento em casa para evitar a água parada, deve reforçar os cuidados. “O Amazonas está no período de intensas chuvas, o que aumenta o perigo de proliferação do Aedes aegypti e, consequentemente, das doenças transmitidas pelo mosquito”, explicou.

 

Eda Chagas recomenda que, semanalmente, seja feita uma inspeção em casa para evitar recipientes com água parada. O ideal é jogar fora ou reciclar os objetos que acumulam água, como por exemplo, as garrafas. “Se for necessário guardar esses recipientes, que seja em um local coberto e que não fique exposto à chuva”, orientou.

 

De acordo com a infectologista, os depósitos de comida e água dos animais e os pratos que ficam debaixo dos vasos de plantas devem ser limpos regularmente. Para quem tem quintal com árvores e plantas, a dica é preencher as cavidades com areia. Além disso, é preciso evitar o acúmulo de água parada em poços, fossas, bueiros, drenos entupidos e caixa d’água. “O Aedes aegypti se desenvolve em quantidades pequenas de água, então, é preciso ficar atento até com a tampinha de refrigerante jogada na rua”, frisou.

 

Outras formas de se prevenir é usar roupas com mangas compridas, sapatos fechados, aplicar repelente regularmente, conforme indicação do fabricante, e usar telas nas janelas e portas, além de mosquiteiros em berços e carrinhos de bebê.

 

Sintomas

 

A infectologista Eda Chagas ressalta que todas as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são graves e podem levar a sérias complicações. Os sintomas da Dengue são febre alta, dores nos músculos, articulações, na cabeça e atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo.

 

É preciso ficar alerta se esses sintomas vierem acompanhados de náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, tontura e sangramento. No caso da Dengue, a doença pode evoluir para a forma hemorrágica, levando o paciente a óbito.

 

A Chikungunya é caracterizada por febre alta, manchas vermelhas, dores intensas e inchaço nas articulações, que podem persistir por meses ou até anos, dificultando a realização de atividades rotineiras e até a locomoção. Os sintomas do Zika vírus são febre baixa ou até mesmo ausência de febre, manchas vermelhas, dores nas articulações, porém menos intensas que na Chikungunya, olhos vermelhos e aversão a luz.

 

A médica diz que a grande preocupação em relação ao Zika vírus é quando a doença atinge as mulheres grávidas, pois o feto pode desenvolver microcefalia, afetando o desenvolvimento do cérebro. O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase.

 

Outra doença associada ao Zika vírus é a Síndrome Guillain Barré. A doença é uma reação do organismo, que pode ocorrer até um mês depois de uma infecção causada por bactéria ou vírus. Ela ataca o sistema nervoso, provocando paralisia, que começa pelos pés e sobe pelo corpo até chegar ao rosto. Nos casos mais graves, pode causar paralisia respiratória.

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