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28/04/2017

Renan diz desconhecer operação, que também mira endereços de Jucá

Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

O senador Renan Calheiros afirmou nesta sexta-feira que não havia sido informado sobre a operação deflagrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que mira um ex-assessor, o advogado Bruno Mendes.

 

A ação, mais uma etapa da Satélite, também faz busca em endereços do senador Romero Jucá (PMDB-RR).

 

Renan, que está fora de Brasília, falou por telefone ao Globo:

 

- Não estou sabendo de nada disso - afirmou.

 

As buscas foram pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

 

O procurador-geral quer acesso a documentos que comprovariam denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e até mesmo de organização criminosa. Além de Brasilia, a polícia cumpre mandados de busca em São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte.

 

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Em fevereiro, Janot pediu a abertura de inquérito para investigar Renan e Jucá, além do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Eles são acusados de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Em um dos depoimentos da delação premiada, Machado disse que repassou mais de R$ 70 milhões em propinas desviadas da Transpetro para os três.

 

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As propinas seriam disfarçadas de doações eleitorais para os grupos políticos dos três lídereso do PMDB. Ao todo, Machado disse que intermediou o pagamento de mais de R$ 100 milhões em propina para o PMDB ao longo do período em que esteve à frente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, entre 2003 e 2014. O dinheiro seria desviado de contratos entre empresas privadas e a Transpetro, a mesma estrutura de corrupção detectada na Petrobras.

 

O nome do advogado Bruno Mendes apareceu pela primeira vez nas investigações da Lava-Jato a partir de um relatório da Polícia Federal ao qual o Globo teve acesso, em fevereiro do ano passado. Ele é suspeito de agendar jantares com Ricardo Pessoa, dono da UTC, e realizar pagamentos como doações de campanha.


Em seu escritório, a polícia apreendeu celular, laptop, pen drive, cópias de processos e rascunhos de discursos, entre outros documentos. O advogado foi, pela segunda vez, alvo de um pedido de busca do procurador-geral. O primeiro pedido foi rejeitado. Desta vez, o novo relator, entendeu que os elementos eram suficientes para autorizar a apreensão de equipamentos e documentos.

 

O advogado Luís Henrique Machado, responsável pela defesa do colega, negou que Mendes tenha cometido qualquer irregularidade. Ele argumenta que, embora Fachin tenha autorizado, a polícia não localizou e, portanto, não apreendeu dinheiro, jóias ou objetos de arte, conforme queria o Ministério Público.

 

A nova fase da Lava-Jato proveniente do STF dá continuidade à primeira operação com base na delação de executivos da Odebrecht, deflagrada em março e batizada de Satélites, onde também envolveu endereços ligados a Renan, ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os demais senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE).(Perguntas e respostas: entenda a operação)

 

Outro lado

 

A assessoria de imprensa do senador Romero Jucá informa que a operação deflagrada hoje pela Polícia Federal não envolveu nenhum funcionário do seu gabinete ou pessoa que trabalhe com o senador. Jucá reitera que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos assim como seus funcionários para que as investigações possam ocorrer rapidamente e que a verdade seja reestabelecida. O senador informa ainda que já solicitou aos órgãos competentes que ele possa prestar informações o mais rápido possível.

 

O Globo

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