28 de Marco de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
08/10/2015

Rio Branco vive onda de atentados e governador 'não dialoga com criminosos'

Foto: Reprodução / TV

Governador do Acre, Tião Viana, falou sobre onda de ataques em entrevista a telejornal local

Em entrevista ao a um telejornal local (Acre TV) nesta quinta-feira (8), o governador do Acre, Tião Viana, falou sobre a onda de ataques que tem assustado a população acreana. Ele disse que o Estado “não dialoga com bandidos”, falou das medidas que estão sendo tomadas para combater os atos e criticou a legislação penal brasileira. Os atentados tiveram início na madrugada de terça-feira (6) após a morte de dois suspeitos de tentar assaltar uma clínica.

 

Como uma das medidas para conter a onda de violência, o Governo do Acre transferiu, nesta quinta, 15 homes que cumpriam pena no presídio de segurança máxima para unidades federais em Mossoró (RN) e Campo Grande (MS). De acordo com a polícia, seriam presos que estariam diretamente ligados aos ataques. "Demos um recado que o Estado do Acre não aceita dialogar com criminosos, com bandidos. O Exército está nas barreiras e até agora já prendendo criminosos que executavam os comandos que vinham do presídio. O governo sabe da existência dessas organizações criminosas e isso é um problema mundial, estamos monitorando esses grupos e suas ações criminosas há oito meses", destaca.

 

Viana também disse que os condenados acham "apoio na legislação" para cometer crimes. "O crime no sistema prisional brasileiro, que é sobrecarregado e falido, como o americano, está aí para criar ameaças e danos à população. E cabe a nós, autoridades de Estado constituído, usar a força para controle e prevenção. O sujeito mata e sabe que daqui há dois anos vai estar solto e não é culpa do juiz, porque está aplicando a lei", disse.

 

O governador afirmou ainda que grande parte dos crimes no Acre é motivado pelo o usos das drogas. "Os presídios estão lotados, a gente tem que gastar R$ 4 mil para manter um preso, enquanto que um aluno tem um custo de R$ 700. A polícia prende, mas a droga está fabricando outros. O Acre é invadido pela droga", pontuou.

 

Para finalizar, Viana agradeceu o apoio da população e garantiu que as polícias estão agindo de forma integrada para restabelecer a ordem e a Segurança não deve baixar a guarda até que se cessem os atentados.

 

"Estamos com centenas de homens 24 horas nas ruas e vamos colocar o tempo que for necessário até que os bandidos entendam que o lugar deles é de obediência às leis. Nossa luta é por novos valores civilizatórios, não adianta só prender, prender é uma parte, a questão é como não deixar o jovem cair no mundo da droga. O sistema de forças policiais é altivo, é digno, e age com bravura e vai combater o crime organizado. Vamos vencer qualquer levante grupo organizado que queira se reerguer no Acre", finalizou.

 

Medidas anunciadas pelo governo

 

Em três dias - desde terça (6) a quinta-feira (8) - mais de 20 atentados foram registrados no estado. O governo do Acre fez um resumo das ações desde o início dos ataques na terça. As medidas divulgadas foram a prisão de 17 pessoas, que agiam na coordenação e execução dos atentados; revista no presídio de Rio Branco, com 55 celulares apreendidos; 300 homens das polícias Militar e Civil, Exército, Bombeiros, Força Nacional e PRF; bloqueios policiais nas estradas de acesso à capital; convocação de 100 policiais da reserva.

 

 

Na madruga de quarta-feira (7) continuaram os ataques contra ônibus,

escolas e carros particulares (Foto: Aline Nascimento/G1 e Arquivo pessoal )

 

Entenda o caso

 

Os atentados no Acre começaram depois da morte de dois assaltantes. Denis Fortunato de Souza, de 25 anos, e Fábio Andrade de Araújo Pereira, de 32 anos. Eles foram baleados após tentativa de assalto à Clínica Santa Lúcia, localizada na Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco, na segunda. Os suspeitos foram atingidos por um policial à paisana que estava na clínica no momento em que os homens se preparavam para fugir em uma moto.

 

Após a morte dos dois suspeitos, carros e ônibus foram incendiados durante a madrugada desta terça e na noite de quarta, de acordo com o Ciosp.
A Segurança Pública informou, durante coletiva na terça que os ataques foram uma retaliação contra a morte dos envolvidos no assalto. Emylson Farias, disse que as polícias Militar, Civil e Federal foram reforçadas, além disso, Exército e Força Nacional também ajudam no combate à violência. Na terça, outros dois coletivos foram incendiados, um no bairro Santa Inês, e o outro no Taquari.

 

Para tentar coibir a onda de ataques a veículos que vêm ocorrendo em Rio Branco, desde a madrugada da terça, a Segurança Pública do Estado ordenou que um veículo de cada órgão governamental fosse designado para ajudar nas ações que estão ocorrendo na cidade.

 

Na quarta, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou o projeto que convoca 100 policiais da reserva para reforçar as ações se segurança no Estado.

 

Durante a madrugada desta quinta-feira (8), o Acre transferiu 15 presos para unidades prisionais em Campo Grande (MS) e Mossoró (RN). De acordo com a polícia, os detentos eram suspeitos de comandar os ataques de dentro do presídio.

 

 

15 presos foram transferidos para unidades federais (Foto: Gleilson Miranda/Secom ) 

 

Fonte: G1

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.