23 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política no Amazonas
18/02/2019

Vereadores propõem criação da Semana Municipal de Prevenção à Gravidez na Adolescência

Foto: Aguillar Abecassis / Dircom / CMM

Em 2018, as maternidades da rede estadual de saúde realizaram 74.049 partos, desse total, quase 14 mil foram de adolescentes

Tramitam na Câmara Municipal de Manaus (CMM) dois projetos de lei que tratam sobre a prevenção da gravidez na adolescência. As propostas, de autoria dos vereadores Elias Emanuel (PSDB) e Bessa (SD), que estão em analise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), seguem o recomendado na Lei 13.798, de 03 de janeiro de 2019 que acrescentou o artigo 8º-A à Lei nº 8.069, de 13 julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).


Os parlamentares propõem que seja criada uma Semana Municipal de Prevenção à Gravidez na Adolescência, a exemplo do que estabelece, em nível nacional, a lei federal sancionada pelo presidente Bolsonaro.

 

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De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), publicados no site da entidade, a taxa de gravidez na adolescência no Brasil é a mais alta da América Latina, com 400 mil casos ao ano. Aproximadamente 18% dos brasileiros nascidos são filhos de mães adolescentes.


O Amazonas é o estado brasileiro com maior número de casos. Em 2017 foram registrados 19.047 nascimentos de mães adolescentes, correspondendo a 25% do total de nascimentos no estado. Em 2018, as maternidades da rede estadual de saúde realizaram 74.049 partos, desse total, quase 14 mil foram de adolescentes.


A gravidez na adolescência é considerada pelos profissionais da área de saúde como precoce e segundo a enfermeira obstetrícia Andréa Carvalho, a adolescência é uma fase da vida em que o menino e a menina passam pela puberdade, caracterizada por transformações corporais que só irão chegar a maturação aos 21 anos. Para as meninas, a principal delas é o desenvolvimento dos órgãos reprodutores, que estão em crescimento e uma gravidez precoce, interrompe bruscamente esse desenvolvimento e maturação, o que na maioria dos casos evolui para gestação de risco e partos prematuros.


Ela também destaca um ponto extremamente delicado que é a interrupção dos estudos devido aos cuidados com o bebê. “Essa adolescente não terá retorno imediato às atividades escolares, mesmo porque nos seis primeiros meses de vida do recém-nascido, o aleitamento materno é exclusivo, e muitas adolescentes não conseguem conciliar os estudos com a amamentação e cuidados com o bebê”, afirma Andrea.

 

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A pediatra Elena Marta destaca a importância de o país ter uma lei voltada especificamente para a prevenção da gravidez na adolescência e do município institucionalizar a Semana. “A gravidez na adolescência se tornou um problema de saúde pública, com reflexos sociais, econômicos e financeiros, que precisa ser combatido seriamente em todos os setores da sociedade, começando pela família, escola e profissionais da área de saúde”, afirma a médica que também é presidente da Sociedade Amazonense de Pediatria.

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