As tartarugas têm uma aparência amigável, mas milhões de anos atrás eram assustadoras e, segundo o descobrimento de um fóssil, algumas até tinham chifres.
As tartarugas são uma das espécies mais antigas já registradas: as primeiras habitavam o planeta há mais de 200 milhões de anos.
Os animais marinhos evoluíram ao longo da história, dominaram a água e eram criaturas maiores que um carro.
Veja também
Caso do acidente com naja: como criar uma cobra em segurança?
Polícia acha mais 16 cobras e suspeita que jovem picado por naja seja o dono
Stupendemys geographicus é a maior espécie de tartaruga já encontrada. As primeiras descobertas foram feitas pelo paleontólogo Roger Wood em 1976, na América do Sul.
Wood nomeou a tartaruga Stupendemys por seu enorme tamanho e geographicus, em homenagem à revista National Geographic, que financiou sua pesquisa.
Os fósseis revelaram que a tartaruga media mais de 3 metros, pesava 1.100 quilos e habitava a água doce do planeta há 10 milhões de anos.
Apesar do tamanho, as primeiras descobertas indicaram que o Stupendemys era vítima de jacarés predadores do tipo crocodilo e seu enorme casco apresentava marcas de mordidas.
Fotón
— Federico Kukso (@fedkukso) February 24, 2020
Fósil de caparazón de la tortuga no marina más grande hasta ahora encontrada: Stupendemys geographicus. Desierto de la Tatacoa. #Colombia.
Paper: https://t.co/u46QWD4zWt pic.twitter.com/oxBl3Etc8Z
Em 2020, o paleontólogo Edwin Cadena descobriu novos fósseis na Venezuela e na Colômbia que ajudaram a entender melhor o comportamento e a evolução da tartaruga. Foi possível ainda verificar que os machos tinham chifres para proteger seus crânios, lutar e defender seus filhotes.
Foi encontrado também, pela primeira vez, um pedaço da mandíbula inferior da tartaruga, que dava pistas sobre sua dieta baseada em peixes, crocodilos, cobras, moluscos e sementes que podiam ser esmagadas graças aos seus enormes dentes.
A investigação determinou que o fóssil é da maior tartaruga que já existiu, embora as razões para sua extinção não sejam claras.
Con unos tres metros de longitud, Stupendemys geographicus es la especie de #tortuga más grande descrita • pic.twitter.com/Ac6QfMoUbn vía @Extinct_AnimaIs ?
— Apuntes de ciencia (@ApuntesCiencia) September 5, 2019
Hoje, a área que habitavam é desértica, mas há milhões de anos era uma região pantanosa e úmida que favorecia o crescimento da tartaruga.
Segundo os pesquisadores, o parente mais próximo da Stupendemys é a tartaruga de cabeça grande da Amazônia, embora seja 100 vezes menor, mas seu comportamento e alimentação são semelhantes.
A descoberta também determinou que os cascos gigantes não são exclusivos das tartarugas marinhas e protegiam as espécies de água doce.
Fotos: Reprodução
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp.
Edwin Cadena e sua equipe de paleontologistas buscarão mais fósseis de tartarugas gigantes na América do Sul para expandir seus estudos e entender a evolução das tartarugas.
VIX