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06/08/2021

Astrônomos identificam estrela fugindo da Via láctea

Foto: Reprodução

Representação artística da Via Láctea. Créditos: Pablo Carlos Budassi.

Aproximadamente 2 mil anos-luz de distância da Terra, há uma estrela catapultando a si mesma em direção aos limites da Via Láctea.

 

A chamada LP 40−365 faz parte de uma espécie única de estrelas que se movimentam rapidamente, sendo pedaços remanescentes de estrelas anãs brancas massivas que sobreviveram a uma explosão estelar gigantesca.

 

“Ela é tão rápida que está perto de deixar a galáxia, a uma velociadade de 320 mil Km/h“, disse JJ Hermes, professor de astronomia da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Boston.

 

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Mas por que essa estrela está fugindo para longe da Via Láctea? Esse seu estranho movimento pode ser explicado pelo fato de ela ser um estilhaço de uma explosão passada. O evento cósmico conhecido como supernova a impulsiona para frente.

 

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“Ter passado por uma detonação parcial e ainda sobreviver é algo único. E foi apenas nos últimos anos que começamos a pensar que esse tipo de estrela poderia existir”, disse Odelia Putterman, ex-aluna da Universidade de Boston e colega de Hermes.

 

estrelas | Spacenews

 

Conforme consta em um novo artigo publicado no Astrophysical Journal Letters, os astrônomos realizaram novas observações sobre esse “estilhaço estelar”. Seus resultados oferecem uma nova perspectiva para o estudo de outras estrelas com passados ??catastróficos semelhantes.

 

Eles analisaram dados do Telescópio Espacial Hubble da Nasa e do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS). Este último tem como especialização a coleta de informações sobre a luz emitida por estrelas próximas e distantes.

 

Ao olhar para vários tipos de dados de ambos os instrumentos, os pesquisadores descobriram que a estrela LP 40−365 não está apenas sendo fugindo da Via Láctea, ao ser lançada para fora da galáxia. Ela, devido a seus padrões de brilho, também apresenta um movimento de rotação.

 

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Fotos: Reprodução

 

“Nós queríamos descobrir por que aquela estrela [estava repetidamente] ficando mais brilhante e, depois, mais fraca. A melhor explicação é que vemos o objeto entrando e saindo de nossos campos de observação a cada nove horas“, explicou Hermes.

 

Todas as estrelas giram – até mesmo nosso sol gira lentamente em seu eixo a cada 27 dias. Mas para um fragmento de estrela que sobreviveu a uma supernova, nove horas é uma taxa de rotação considerada relativamente lenta.

 

Encontrar a taxa de rotação de um objeto como a LP 40−365 após uma supernova pode fornecer pistas sobre o seu sistema de origem. Este tipo de detonação cósmica de energia ocorre quando uma estrela anã branca, objeto altamente denso que se forma no final da vida de uma estrela, fica muito grande para se sustentar e desencadeia uma explosão.

 

É comum que estrelas venham em pares próximos. Então se uma anã branca, ao interagir com seu par, recebe uma quantidade muito grande de massa, ela pode se autodestruir e resultar em uma supernova.

 

Porém, apesar de serem bastante comuns na galáxia e acontecerem de diversas formas diferentes, é raro que alguém consiga observar as supernovas. Isso torna difícil saber qual estrela implodiu e qual despejou muita massa em sua parceira.

 

Mas, com base na taxa de rotação relativamente lenta de LP 40−365, Hermes e Putterman sentem são capazes de afirmar com bastante segurança que a estrela é um estilhaço do objeto que se autodestruiu após ser alimentado por seu par. A proximidade e rapidez da interação fez com que a explosão impulsionasse as duas estrelas, sendo apenas uma delas visível atualmente.

 

“Este [artigo] adiciona mais uma camada de conhecimento sobre o papel que essas estrelas desempenharam em uma supernova”, e o que pode acontecer após a explosão, disse Putterman. “Ao entender o que está acontecendo com esta estrela em particular, podemos começar a entender o que acontece com muitas outras estrelas vindas de situações semelhantes.”

 

Segundo Hermes, “essas estrelas são muito estranhas”, pois objetos como a LP 40-365 são mais do que algumas das das estrelas mais rápidas já detectadas, mas também as mais ricas em metal.

 

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Diferentes daquelas parecidas com o nosso Sol, formadas por hélio e hidrogênio, estrelas que sobrevivem a uma supernova têm uma composição metálica. Elas “são subprodutos de violentas reações nucleares que acontecem quando uma estrela explode “, tornando estilhaços de estrelas como este objetos especialmente fascinantes.

 

Fonte: Scientific

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