Ari Moutinho ficou milionário após entrar na política
Por Antônio Zacarias, diretor-geral do "PORTAL DO ZACARIAS" - Em discussão sobre o monopólio da distribuição do gás no Amazonas, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Ari Moutinho, nomeado pelo ex-governador Eduardo Braga e preso por corrupção durante a Operação Albatroz, deflagrada em 2004 pela Polícia Federal, perdeu completamente a compostura e ofendeu a honra do governador Wilson Lima e dos diretores da empresa Cigás.
Nunca se viu um conselheiro do TCE de qualquer estado da Federação se intrometer em assuntos relacionados a sanção ou veto de lei por parte do governador.
O TCE é um órgão conhecido como cabide de emprego vitalício para uns poucos ungidos pelo governador de plantão.Normalmente são despreparados e subservientes. Ari Mourinho não fugiu à tradição.
Os palavrões proferidos pelo ex-secretário de Eduardo Braga mereceram reprovação de todos, já que foram inadequados para o momento. Aliás, o conselheiro agressor precisa explicar qual é o seu real interesse na quebra do monopólio na distribuição de gás no Estado do Amazonas.
Ari Mourinho, que conta com menos de 50 anos de idade e apenas exerceu cargos públicos subalternos, é dono de uma fortuna que deixa qualquer empresário bem sucedido morrendo de inveja.
Reside em um condomínio luxuoso na Ponta Negra, possui iate e imóveis e pouco para em manaus.
Especula-se que Moutinho defende interesse de uma grande empresa de fora, que lucrará muitos milhões de reais com a aprovação da lei que o governador Wilson Lima vetou por orientação da Procuradoria Geral do Estado.
Ari Moutinho, como conselheiro vitalício do TCE-AM, deverá responder perante o Superior Tribunal de Justiça pelas ofensas proferidas contra diversas pessoas que participaram da audiência pública sobre abertura do mercado de gás no Amazonas.
No passado recente, Moutinho já acusou o também conselheiro Josué Filho de utilizar o seu cargo no TCE-AM para chantagear prefeitos e eleger seu filho Josué Neto à Assembléia Legislativa do Estado.
O radialista Josué Filho engoliu em seco e tirou por menos a fala do seu colega de corte. Ou é verdade ou desprezou a acusação. Das duas uma.
VEJA NOTA EMITIDA PELO GOVERNADOR WILSON LIMA
SOBRE A BAIXARIA PROTAGONIZADA POR ARI MOUTINHO:
"Nota
Tomei conhecimento na tarde de hoje do pronunciamento do Conselheiro do TCE-AM, Ari Jorge Moutinho da Costa Jr., durante audiência pública virtual realizada pela Assembléia Legislativa.
Repudio veementemente as acusações a mim proferidas. A postura é absolutamente inadequada a liturgia que deve ser seguida no exercício do cargo por ele ocupado.
A democracia permite ideias divergentes, mas são inadmissíveis ataques a honra de quem quer que seja. Não é um ataque vil ao cidadão Wilson Lima. É uma ofensa grave ao cargo de governador constituído democraticamente pelo povo.
Deixo registrado aqui que tomarei todas as providencias legais cabíveis para que tal conduta seja apurada e punida pela Justiça.”