Levantamento mostra também que país acumula 1.233.147 casos confirmados
O Brasil tem 55.054 mortes de Covid-19, e o número total de casos é de 1.233.147. Os dados são do boletim das 20h desta quinta-feira do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, a partir das atualizações das secretarias estaduais de Saúde. Foram registradas 1.180 novas mortes e 40.673 novos casos desde o último boletim consolidado, publicado às 20h de ontem. Nessa atualização, todos os estados, exceto Amazonas, informaram os dados. O próximo levantamento será divulgado às 8h desta sexta-feira.
A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.
Segundo o levantamento, os cinco estados com o maior número de casos da doença são: São Paulo (248.587), Rio de Janeiro (105.897), Ceará (103.118), Pará (96.472) e Maranhão (74.925).
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Os cinco estados com o maior número de mortes são: São Paulo (13.759), Rio de Janeiro (9.450), Ceará (5.895), Pará (4.803) e Pernambuco (4.488).
O Brasil é o segundo país com maior número de casos confirmados e de mortes provocadas pelo novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Brasil registra total de 54.971 mortes, diz Ministério da Saúde
O Brasil registrou 39.483 novos casos de Covid-19, além de 1.141 mortes provocadas pela doença, nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. Com isso, o país chega a 1.228.114 infectados e 54.971 óbitos.
Ao contrário do que vem fazendo nas últimas semanas, o ministério não explicitou quantas mortes foram registradas nos últimos três dias, no balanço enviado hoje. Tampouco informou quantos óbitos estão em investigação.
São Paulo é o estado com mais casos da doença: são 248.587 até o momento. Em seguida, vêm Rio de Janeiro (105.897), Ceará (102.126), Pará (94.036) e Maranhão (74.925).
Quando observada as mortes, São Paulo também aparece na frente, com 13.759 óbitos. Depois, vêm Rio de Janeiro (9.450), Ceará (5.875), Pará (4.748) e Pernambuco (4.488).
Novos critérios
Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou novos parâmetros para confirmação de contaminação por Covid-19. Segundo a pasta, o critério clínico, usado até então, sem realização de exame laboratorial, exigia que o paciente tivesse contato próximo com alguém que tivesse confirmação por teste para a doença. Agora, essa proximidade deixa de ser obrigatória em determinados casos.
No "critério por imagem", se o paciente teve síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave e tiver determinadas alterações tomográficas, poderá ser considerado, por avaliação do profissional de saúde, um caso de Covid-19. Ou ainda se o paciente de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave teve falta de olfato ou falta de paladar agudas, sem outra causa pregressa, que não foi possível diagnosticar por outro critério.
O critério epidemiológico aponta como possibilidade de notificar como Covid-19 a pessoa com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave com histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para o novo coronavírus.
No caso dos óbitos, ainda segundo a pasta, todos passam por teste. Há casos, porém, em que o exame laboratorial é inconclusivo. Nessas situações, pode-se confirmar pelos outros critérios. No entanto, como são casos graves, na maior parte das vezes hospitalizados, o teste é a regra.
País não atingiu platô
Na coletiva de imprensa da pasta da última quarta-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Brasil, Arnaldo Correia, destacou que houve uma curva elevada na última semana epidemiológica (14 a 20 de junho), em relação ao mesmo período anterior (7 a 13 de junho). A média diária semanal passou 25.381 para 31.009 no período.
— Parecia que a curva estava chegando a um certo platô, e entre a semana 24ª para 25ª, tivemos um aumento de 22% — apontou Correia.
A constatação do secretário contraria declarações da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, feitas na segunda-feira passada. Na ocasião, ao citar que a Índia teve sucesso no combate à Covid-19 por utilizar a cloroquina preventivamente, ela disse, sem apresentar dados ou estudos, que o Brasil começou a apresentar queda na curva da doença desde o dia 20 de maio, quando o governo editou a orientação para uso ampliado do remédio.
Abertura precoce
Enquanto não há vacina ou medicamento de eficácia comprovada contra a Covid-19, o coronavírus segue avançando pelo Brasil em meio às iniciativas de flexibilização do distanciamento social em várias capitais do país. Uma pesquisa da Universidade de Oxford (Reino Unido) divulgada na última quinta-feira concluiu que oito delas conduziram reaberturas equivocadas.
Na avaliação dos pesquisadores da instituição britânica, uma das mais renomadas do mundo, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre "não atenderam aos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora as políticas de resposta à Covid-19 tenham reduzido a mobilidade" dos habitantes.
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Os acadêmicos apontam diversos fatores que inviabilizariam a reabertura neste momento, como a falta de testes em volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento de contato para tentar conter o contágio e o déficit de informações sobre como os brasileiros devem agir se apresentarem sintomas ou se tiverem contato com pessoas que apresentarem sinais da doença.
O Globo