Infecção causada por fungos existentes no organismo precisa ter causas avaliadas
Boa parte das mulheres vai ter candidíase em algum momento da vida. Pesquisas de associações de ginecologia indicam que a doença atinge cerca de 75% da população do sexo feminino e, embora não seja grave, deve ser tratada em consultório.
Esse é o primeiro alerta feito pelos médicos, de acordo com Isabel Cristina Pereira da Cunha (CRM 23551), ginecologista e obstetra da Clinipam. “A automedicação e a consulta de balcão na farmácia devem ser evitados. Os antifúngicos administrados via oral precisam ser usados com cautela: eles têm ação sobre o fígado e podem levar à hepatite medicamentosa”, justifica.
Os principais sintomas da candidíase são coceira, inchaço, vermelhidão e corrimento vaginal. Em infecções mais intensas, fissuras na parede vaginal causam ainda mais incômodo. O problema é que, em muitos casos, a doença é ignorada e até confundida com alergias. Causada por fungos do gênero cândida, a candidíase é uma resposta natural do organismo a fatores diversos, inclusive emocionais, explica Isabel.
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“Ela surge quando há diminuição da imunidade, seja por estresse físico, emocional, gravidez, uso de antibióticos ou doenças sistêmicas, como diabetes. Também há a infecção por flora mista. A cândida que faz parte da colonização da vagina reconhece a entrada de um agente agressor (bactéria) e se organiza para tentar combater o problema. O fungo se prolifera e os sintomas aparecem”, detalha a profissional.
Candidíase não é DST
Como os micro-organismos que desencadeiam a candidíase já estão presentes no nosso corpo, a enfermidade não é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST). No entanto, o contato sexual durante o período de infecção é contraindicado. Os fungos podem estar em outras partes do corpo e não são exclusividade das mulheres.
A cândida pode desencadear sintomas na boca (sapinho) e no órgão sexual masculino também. Além disso, a doença não escolhe idade e aparece em qualquer fase da vida infantil ou adulta e pode aparecer concomitante a patologias como herpes, HPV e HIV, de origem viral.
Outro problema sério é a possibilidade de inflamação do colo útero. “Se a candidíase estiver associada a uma bactéria e o tratamento for postergado pode virar uma inflamação pélvica”, explica a ginecologista da Clinipam.
Cuidados com a higiene
Os fungos causadores da candidíase já existem no organismo e se desenvolvem diante de algumas das situações citadas pela ginecologista. Prestar atenção à higiene íntima é uma boa forma de impedir que os micro-organismos se proliferem. Entre as recomendações mais comuns estão o uso de roupas íntimas de tecido transpirante (evitar material sintético) e higiene com sabonetes específicos.
A secagem após o banho também deve ser reforçada, já que a umidade auxilia na proliferação da cândida. Isso também vale para roupas de praia e piscina, especialmente agora que o verão está próximo.
Ao identificar qualquer um dos sintomas, é essencial buscar auxílio médico. Ainda que as farmácias estejam repletas de medicamentos para candidíase, na maioria dos casos, eles só auxiliam no controle dos sintomas.
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“O tratamento medicamentoso assistido por um profissional é o mais eficiente, pois age na causa do desequilíbrio fúngico. Entre as consequências dos tratamentos alternativos caseiros, o que mais observo é a resistência do fungo ao tratamento convencional e a reincidência da doença em pouco tempo”, conclui Isabel.
G1