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11/11/2019

Candidíase: doença é comum, mas deve ser tratada em consultório

Foto: Divulgação

Infecção causada por fungos existentes no organismo precisa ter causas avaliadas

Boa parte das mulheres vai ter candidíase em algum momento da vida. Pesquisas de associações de ginecologia indicam que a doença atinge cerca de 75% da população do sexo feminino e, embora não seja grave, deve ser tratada em consultório.

 

Esse é o primeiro alerta feito pelos médicos, de acordo com Isabel Cristina Pereira da Cunha (CRM 23551), ginecologista e obstetra da Clinipam. “A automedicação e a consulta de balcão na farmácia devem ser evitados. Os antifúngicos administrados via oral precisam ser usados com cautela: eles têm ação sobre o fígado e podem levar à hepatite medicamentosa”, justifica.

 

Os principais sintomas da candidíase são coceira, inchaço, vermelhidão e corrimento vaginal. Em infecções mais intensas, fissuras na parede vaginal causam ainda mais incômodo. O problema é que, em muitos casos, a doença é ignorada e até confundida com alergias. Causada por fungos do gênero cândida, a candidíase é uma resposta natural do organismo a fatores diversos, inclusive emocionais, explica Isabel.

 

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“Ela surge quando há diminuição da imunidade, seja por estresse físico, emocional, gravidez, uso de antibióticos ou doenças sistêmicas, como diabetes. Também há a infecção por flora mista. A cândida que faz parte da colonização da vagina reconhece a entrada de um agente agressor (bactéria) e se organiza para tentar combater o problema. O fungo se prolifera e os sintomas aparecem”, detalha a profissional.

 

Candidíase não é DST

 

Como os micro-organismos que desencadeiam a candidíase já estão presentes no nosso corpo, a enfermidade não é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST). No entanto, o contato sexual durante o período de infecção é contraindicado. Os fungos podem estar em outras partes do corpo e não são exclusividade das mulheres.

 

A cândida pode desencadear sintomas na boca (sapinho) e no órgão sexual masculino também. Além disso, a doença não escolhe idade e aparece em qualquer fase da vida infantil ou adulta e pode aparecer concomitante a patologias como herpes, HPV e HIV, de origem viral.

 

Outro problema sério é a possibilidade de inflamação do colo útero. “Se a candidíase estiver associada a uma bactéria e o tratamento for postergado pode virar uma inflamação pélvica”, explica a ginecologista da Clinipam.

 

Cuidados com a higiene

 

Os fungos causadores da candidíase já existem no organismo e se desenvolvem diante de algumas das situações citadas pela ginecologista. Prestar atenção à higiene íntima é uma boa forma de impedir que os micro-organismos se proliferem. Entre as recomendações mais comuns estão o uso de roupas íntimas de tecido transpirante (evitar material sintético) e higiene com sabonetes específicos.

 

A secagem após o banho também deve ser reforçada, já que a umidade auxilia na proliferação da cândida. Isso também vale para roupas de praia e piscina, especialmente agora que o verão está próximo.

 

Ao identificar qualquer um dos sintomas, é essencial buscar auxílio médico. Ainda que as farmácias estejam repletas de medicamentos para candidíase, na maioria dos casos, eles só auxiliam no controle dos sintomas.

 

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“O tratamento medicamentoso assistido por um profissional é o mais eficiente, pois age na causa do desequilíbrio fúngico. Entre as consequências dos tratamentos alternativos caseiros, o que mais observo é a resistência do fungo ao tratamento convencional e a reincidência da doença em pouco tempo”, conclui Isabel. 

 

G1

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