A Polícia Civil de Goiás apreendeu, na manhã desta sexta-feira (6/12), diversos artigos de luxo na casa da influenciadora Ana Carolina de Souza Silva, uma das três “Patricinhas do Tigrinho” alvo da Polícia Civil de Goiás. O closet da investigada estava repleto de bolsas e sapatos importados de marcas renomadas, como Prada, Gucci e Louis Vuitton.

A rotina luxuosa de Ana Carolina era uma realidade distante até poucos anos atrás. De vendedora de açaí e designer de sobrancelhas, a influenciadora agora ostenta um Porsche Macan, avaliado em R$ 500 mil. Contudo, essa ascensão meteórica não é por acaso, como indicam as investigações da Polícia Civil.

De acordo com o Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri), Carolina movimentou, em apenas um ano, R$ 4,5 milhões em suas contas bancárias.

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Os investigadores constataram que ela utilizava empresas de fachada para lavar dinheiro oriundo de atividades ilícitas, principalmente do jogo ilegal.

A influenciadora era empresária de uma “microempresa” registrada no ramo de comércio varejista de cosméticos, cujo capital social era de apenas R$ 2 mil. Segundo a polícia, a empresa não tem operações legítimas, sendo criada exclusivamente para viabilizar a lavagem de dinheiro e fraudes fiscais.

As investigações apontaram ainda que Ana Carolina se envolvia ativamente em aliciar pessoas para participar de jogos de azar, uma prática considerada ilegal. Nas redes sociais, ela compartilha relatos de “superação” e afirma que muitos de seus seguidores enriqueceram após conhecer as plataformas de jogo que ela divulga, criando a ilusão de que a vida de luxo que ela leva é resultado de tais atividades.

A ostentação de luxo virou marca registrada em seu perfil, onde constantemente exibe sua coleção de carros de luxo, passeios de barco e grandes quantidades de dinheiro, sempre associando sua fortuna à exploração de jogos de cassino online. A Polícia Civil mapeou que o grande faturamento e as aquisições de Carolina estão diretamente ligados à promoção de plataformas de jogos ilegais.

Além disso, a influenciadora realiza sorteios de carros e motos como uma estratégia para atrair mais seguidores e engajamento, incentivando seus fãs a seguir seu perfil, compartilhar publicações e marcar amigos em troca de participação nos prêmios. A prática é mais uma forma de gerar uma cultura ilusória de riqueza fácil, atraindo pessoas para as plataformas de jogo que ela promove.

A cada nova postagem, Carolina exibe suas apostas, estratégias de jogo e muitas vezes induz seus seguidores a fazerem apostas nas plataformas. Segundo a Polícia Civil, essas ações contribuem para a propagação do jogo ilegal e da ilusão de que é possível alcançar grandes riquezas de maneira rápida e sem esforço.

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As investigações ainda estão em andamento, mas o caso já expôs a faceta oculta de uma influenciadora que, até pouco tempo atrás, vivia uma vida modesta, e que agora se vê no centro de um esquema ilegal envolvendo lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

Fonte: Metrópoles