Celia da Costa, mãe de Kimberly, que está em coma por ter sofrido um acidente de moto
Kimderly Celia está em coma induzido e aguarda o atendimento de um neurologista desde sábado no hospital Albert Schweitzer, em Realengo.
A jovem sofreu um acidente de moto nas proximidades da Avenida Brasil e é mais uma paciente afetada pela crise que atinge as unidades de saúde da cidade do Rio.
De acordo com Rita Celia, mãe de Kimderly, a jovem depende do atendimento pelo neurologista para passar por uma cirurgia.
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Na manhã deste domingo, Rita, moradores que vivem perto do hospital e funcionários realizam nova manifestação no local. Cestas básicas foram levadas para os trabalhadores da unidade, que estão sem receber.
Os números confirmam o que qualquer paciente que depende da rede pública sabe: a saúde não tem sido prioridade da prefeitura do Rio. O último relatório da Controladoria-Geral do Município mostra que a Receita Corrente Líquida vem crescendo, e, ao mesmo tempo, o percentual destinado ao setor hospitalar está caindo.
Em valores corrigidos pelo IPCA-E, a RCL passou de R$ 12,1 bilhões, de janeiro a outubro de 2017, para R$ 13,1 bilhões, no mesmo período deste ano. Enquanto isso, a fatia destinada às despesas com ações e serviços de saúde foi reduzida de 24,62% para 19,17%.
A crise ficou mais visível nas unidades administradas por organizações sociais (OSs), que, sem receber pagamentos, atrasaram até dois meses os salários de seus funcionários, o que acabou afetando toda a rede.
Uma vistoria da Defensoria Pública e do Ministério Público do estado, realizada nos dias 25 e 26 do mês passado, constatou uma situação crítica nos estoques das unidades com administração direta do município — no Hospital Souza Aguiar, no Centro, faltavam 52,28% da quantidade considerada ideal de remédios e 33% de materiais.
Foto: Reprodução
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No Albert Schweitzer e na Coordenação de Emergência Regional de Realengo, que têm gestão de OS, a carência de medicamentos era de 49,57% e de insumos, 20,16%. Também foram identificadas falta de profissionais e superlotação de leitos.
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