Em depoimentos, quatro militares alegaram uso de
Policiais citam uso de força moderada em ação que terminou com nove mortes, mas imagens dos moradores mostram agressões a jovens rendidos.
Policiais militares que participaram da ação na favela de Paraisópolis, que terminou com a morte de nove jovens, no domingo (1º), afirmaram, em depoimentos à Polícia Civil, que usaram de “força moderada” durante as ações.
No entanto, vídeos gravados por moradores do bairro mostram militares agredindo jovens rendidos.
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Ainda segundo os relatos, o homem que estava na garupa de uma moto perseguida pelos agentes teria efetuado disparos contra os policiais.
Embora as imagens indiquem o uso excessivo da força policial, a corporação não demonstrou que deve mudar as diretrizes de suas ações em festas como o Baile da 17.
Os depoimentos dos agentes Antonio Marcos Cruz da Silva, Vinícius José Nahool Lima, Thiago Roger de Lima Martins Oliveira e Renan Cesar Angelo - da Força Tática do 16º BPM (Batalhão de Polícia Militar) -, obtidos pela reportagem, apresentam versões muito parecidas: os policiais relataram perseguiam dois criminosos que estavam em uma moto, e o ‘garupa’ atirou contra os agentes.
Os dois teriam entrado no meio do baile funk, o que, segundo os depoimentos, teria causado a confusão que terminou com a morte dos nove jovens. Os policiais também citam que, com a confusão, tiveram de usar de “força moderada”, com o munição química e o emprego de cassetete.
Posição da Polícia Militar
Até o momento a posição da Polícia Militar de São Paulo é que a corporação não mudará sua atuação em bailes funk, mas irá apurar os fatos ocorridos na madrugada de domingo em Paraisópolis.
O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, afirmou que a ação foi “técnica e correta”.
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A reportagem solicitou à corporação um posicionamento sobre os vídeos gravados pelos moradores e perguntou qual é o critério da Polícia para se definir o que é "força moderada". Até a publicação deste texto, não houve resposta.
R7