23 de Abril de 2024 - Ano 10
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20/01/2021

Diretor do Butantan pede que Bolsonaro tenha 'dignidade' para defender a CoronaVac e negociar com a China

Foto: Divulgação

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva de imprensa no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cobrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha dignidade para defender a vacina CoronaVac.

 

Ele também cobrou agilidade do Itamaraty para viabilizar a vinda de matéria-prima da China para dar continuidade à produção do imunizante contra a Covid-19 -- o único sendo aplicado até o momento na população do país.

 

A declaração foi dada na manhã desta terça-feira em um evento com a participação do governador João Doria (PSDB) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

 

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"Se a vacina agora é do Brasil, o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio, pro seu Ministério de Relações Exteriores na conversa com o governo da China. É o que nós esperamos”, disse.

 

O Brasil só tem seis milhões de doses prontas da vacina que pode ser fabricada pelo Butantan. Os imunizantes distribuídos aos estados desde segunda (18) foram trazidos pelo governo paulista do país asiático, sede da farmacêutica Sinovac, parceira do instituto ligado ao governo de São Paulo. O temor é que, sem o insumo, as doses da CoronaVac acabem ainda neste mês.

 

O princípio ativo para a produção da vacina, chamado IFA, é importado da China. O Brasil tem enfrentado dificuldade para a aquisição.

 

Na sede do Butantan, há, ainda, outras 4,8 milhões de doses fabricadas no Brasil, que aguardam a liberação da Anvisa. Sem o IFA a produção pode parar.

 

“Então, essa demora com relação à vinda dessa matéria-prima, eu espero que fique agilizada agora com a aprovação de uso emergência pela Anvisa, porque agora é outro status, né? E pela própria incorporação da vacina ao um programa nacional de imunização", disse Dimas Covas.

 

Brasil x China


No governo federal, em contato com a China, estão o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ministro as Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

 

No entanto, entre assessores da presidência da república, há um receio da má repercussão dos ataques de membros do governo ao país asiático durante a pandemia.

 

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Por isso, é cogitada a possibilidade de uma força-tarefa ser montada com a presença, inclusive, do vice-presidente Hamilton Mourão.

 

“Por enquanto não falei, mas estou disponível, estou pronto. Tenho falado com o vice-presidente chinês ( Wang Qishan), ele me desejou melhoras durante o meu período da Covid-19 e estamos em permanente contato”, disse Mourão ao blog de Andréia Sadi.

 

Nesta terça-feira, Dimas Covas também criticou as frequentes declarações de Bolsonaro e de membros do governo contra a China e acredita que isso pode dificultar as negociações de insumos.

 

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“Até domingo a vacina era a inimiga número um do nosso presidente. E a China, por consequência. A vacina não valia nada porque ela era da China, tremendo a bobagem de quem não tem a menor noção. E é a vacina que vai salvar milhões de brasileiros nesse momento. Quer dizer, não vejo outra vacina, né?”, disse.

 

Fonte: G1

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