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07/08/2021

Drogas são despejadas no esgoto e estão 'viciando' os peixes. ENTENDA

Foto: Reprodução

Drogas transportadas pelos sistemas urbanos de esgoto estariam contaminando peixes como a truta-marrom

Cerca de 269 milhões de pessoas em todo o mundo usam drogas a cada ano. E uma questão básica de biologia acaba, muitas vezes, sendo esquecida nesta história: tudo o que entra precisa sair.

 

Os esgotos estão inundados com drogas que são excretadas do corpo, junto aos componentes químicos fragmentados que têm efeitos semelhantes aos das próprias drogas.

 

As estações de tratamento não filtram essas coisas — elas nunca foram projetadas para isso.

 

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Uma grande quantidade de esgoto também chega aos rios e águas costeiras sem tratamento. Uma vez no meio ambiente, as drogas e seus subprodutos podem afetar a vida selvagem.

 

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Em um estudo recente publicado no Journal of Experimental Biology, pesquisadores da República Tcheca investigaram como a metanfetamina — um estimulante com cada vez mais usuários em todo o mundo — pode estar afetando a truta-marrom selvagem.

 

Eles examinaram se as concentrações de metanfetamina e um de seus subprodutos, a anfetamina, que foram estimadas a partir de outros estudos que mediram as concentrações de drogas ilícitas nos cursos de água, poderiam ser detectadas no cérebro da truta-marrom.

 

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Eles também analisaram se essas concentrações eram suficientes para causar dependência nos animais.

 

As trutas foram expostas à droga em grandes tanques durante oito semanas e, em seguida, colocadas em abstinência, ficando por 10 dias em tanques que não continham a droga.

 

Durante esse tempo, os pesquisadores testaram a preferência dos peixes por água limpa ou contendo metanfetamina — e compararam com as respostas de peixes que nunca haviam sido expostos à droga.

 

As descobertas foram intrigantes. Os peixes expostos à metanfetamina preferiram a água contendo a droga, enquanto tal preferência não foi demonstrada pelos peixes do grupo de controle.

 

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Fotos: Reproduções

 

Os pesquisadores também descobriram que, durante o período de abstinência, as trutas expostas à metanfetamina se moviam menos.

 

Eles interpretaram isso como um sinal de ansiedade ou estresse — típicos de abstinência de drogas em humanos.

 

A química cerebral dos peixes expostos também diferia dos não expostos — foram detectadas várias mudanças nas substâncias químicas do cérebro que correspondem ao que é visto em casos de dependência em humanos.

 

Mesmo depois que os efeitos comportamentais diminuíram após 10 dias de abstinência, esses marcadores no cérebro ainda estavam presentes.

 

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Isso sugere que a exposição à metanfetamina pode ter efeitos duradouros, semelhantes aos que são observados nas pessoas.

 

Fonte: G1

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