Quarenta e oito denúncias foram protocoladas contra Jair Bolsonaro desde o início do governo; 43 só em 2020. Veja a lista
Os pedidos de abertura de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro explodiram a partir do início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020. Até agora, são 61 ações apresentadas e à espera de despacho do presidente da Câmara.
Bolsonaro já é o presidente com mais pedidos de impeachment em um único mandato. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) acumulou 68 denúncias, mas em um mandato e meio. O atual mandatário tem quase a mesma quantidade, mas em apenas dois anos de governo.
Elas passaram a se acumular quando a crise sanitária começou a recrudescer e quando Bolsonaro não apenas incentivou como também participou de manifestações com bandeiras antidemocráticas em Brasília.
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Os pedidos argumentam que o presidente desrespeitou a Constituição e cometeu crimes de responsabilidade principalmente por ameaçar o livre exercício dos Poderes. As denúncias citam atos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso, além das alusões feitas ao golpe de 1964.
Mas a maioria vê crimes em condutas como incentivos a aglomerações, menosprezo às consequências da covid-19, omissão de dados sobre o novo coronavírus e desprezo às vacinas. Algumas denúncias apontam que ele comete crime contra a saúde pública e é diretamente responsável por mortes.
Fotos: Reproduções
A suposta interferência na PF apontadas pelo ex-ministro da Justiça também contribuíram para o salto nos pedidos. Também há denúncias sobre temas diversos, como o caso do vídeo pornográfico do 'golden shower' publicado pelo presidente nas redes sociais, a má gestão do Fundo Amazônia, a restrição do auxílio emergencial e a submissão ao governo dos Estados Unidos.
As denúncias partem de comitês de partidos, entidades de classe, escritórios de advocacia e até de penitenciárias. Dois presos escreveram pedidos de impeachment à mão e enviaram para a Câmara.
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Também aparecem entre os signatários personalidades como Chico Buarque, representantes de organizações como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e até antigos aliados. O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), ex-bolsonarista, já protocolou três denúncias.
Fonte: Estadão