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Manaus
27/04/2020

Empresas funerárias de Manaus têm estoque de urnas para mais dez dias, diz sindicato

Foto: Reprodução

Manaus informa que o estoque de urnas funerárias do serviço SOS Funeral está abastecido para suprir o aumento de demanda de sepultamentos. Empresas privadas aguardam carregamento de 2 mil novas urnas funerárias

Com o aumento de mortes no Amazonas desde o começo da pandemia de Covid-19, o mercado funerário se aproxima do colapso em seus serviços. O Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Amazonas (Sefeam) afirma que as empresas têm estoque de urnas para mais dez dias, caso a quantidade de enterros permaneça alta. No Amazonas, que já registra mais de 3,6 mil casos confirmados da doença, o número de mortes ultrapassa 280.

 

O sistema de saúde do estado também se aproxima do colapso, com 96% dos leitos de UTI para pacientes do novo coronavírus ocupados. Por conta do aumento de mortes, o Governo do Amazonas instalou contêineres frigoríficos em hospitais da capital. O Cemitério Nossa Senhora da Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, também recebeu frigoríficos para comportar corpos que aguardavam enterros. Vítimas de Covid-19 passaram a ser enterradas em valas comuns.

 

O presidente do Sefeam, Manoel Viana, informou à Rede Amazônica que Manaus estava habituado a realizar, em média, 30 sepultamentos diários. No entanto, em razão da pandemia, o número mais que dobrou.

 

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No dia 21 deste mês, Manaus teve o maior registro de enterros feitos em apenas um dia, desde o início da pandemia do novo coronavírus, quando 136 sepultamentos foram feitos na capital. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, chamou atenção para o número de mortes que estão ocorrendo dentro de casa.

 

Balanço dos últimos sepultamentos, de acordo com a Prefeitura de Manaus:

 

21 de abril: 136 sepultamentos registrados


22 de abril: 120 sepultamentos registrados


23 de abril: 135 sepultamentos registrados


24 de abril: 128 sepultamentos registrados


Viana não informou a quantidade de urnas disponíveis, mas estima que o estoque irá durar cerca de dez dias, caso a média de sepultamentos diários não ultrapasse 120. Segundo ele, há um carregamento de 2 mil urnas que deve chegar em 20 dias.

 

Ele informou que mantém negociações com os sindicatos das empresas funerárias de demais estados para pedir apoio o estado do Amazonas. A intenção é articular transporte aéreo para abastecer o estado.

 

A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) disponibiliza o serviço SOS Funeral às pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica. Apesar do colapso do sistema funerário, a Prefeitura de Manaus afirmou, neste sábado (25), que o estoque de urnas funerárias do serviço público está abastecido para suprir o aumento de demanda de sepultamentos e que houve reforço na equipe de servidores para prestação do trabalho.

 

Colapso na saúde do AM leva a medidas extremas


O Amazonas vive corrida para evitar um colapso na saúde com a pandemia. Na quinta-feira (23), a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública de saúde do Amazonas chegou a 96%, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam).

 

Contêineres frigoríficos foram instalados em unidades hospitalares de Manaus para comportar corpos, por conta do aumento de mortes. A medida foi tomada a repercussão de um vídeo que mostra corpos com suspeita de Covid-19 posicionados ao lado de pacientes internados no Hospital João Lúcio.

 

Por conta do aumento de mortes, Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus tiveram que tomar medidas de extremas para atender a alta demanda de mortes. Na segunda (20), contêineres frigoríficos foram instalados no Cemitério Nossa Senhora Aparecida para comportar a alta demanda de caixões que estão sendo enviados de hospitais públicos da capital, muitos de vítimas do novo coronavírus.

 

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Na última sexta-feira (17), dezenas de covas haviam sido abertas no cemitério para atender o aumento na demanda. Quatro dias depois, a Prefeitura abriu valas comuns, chamadas pelo órgão de trincheiras, para enterrar vítimas do novo coronavírus no cemitério público Nossa Senhora Aparecida. 

 

G1

 

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