Silêncio de Wilson Lima deixa a sociedade amazonense apreensiva sobre o que virá a partir da sua posse
O presidente eleito Jair Bolsonaro vem recebendo elogios pelas escolhas que vem fazendo até agora dos futuros ministros que ocuparão a Esplanada dos Ministérios a partir de janeiro próximo.
Fiel ao compromisso de enfrentamento à corrupção no setor público, indicou o juiz federal Sérgio Moro para o Ministério da Justiça com atribuições voltadas para o combate e prisão dos corruptos que assaltam os cofres da nação brasileira.
Moro é um especialista no assunto, e com poderes e carta branca de superministro será implacável contra a impunidade e contra o enriquecimento ilícito de muitos empresários e políticos.
Na economia, também fiel a sua visão liberal do Estado, Bolsonaro vem montando uma grande equipe de nomes notáveis e de prestígio no Brasil e no exterior.
Pelo jeito, as indicações são próprias de um político independente, que quer mudança contra as velhas práticas que tanto mal causaram ao país.
Enfrentar a corrupção histórica - e punir os ladrões dos cofres públicos - é garantir recursos para áreas críticas e fundamentais da vida na sociedade.
O mesmo, infelizmente, não se observa aqui no nosso Estado.
O governador eleito Wilson Lima ainda não se pronunciou a respeito da composição do secretariado nem os nomes dos seus colaboradores a partir de janeiro de 2019.
Declarações vagas e genéricas deixam a sociedade amazonense apreensiva sobre o que virá a partir da sua posse.
Enquanto isso, o governador-tampão Amazonino Mendes continua realizando licitações e ordenando pagamentos vultosos como se fosse continuar à frente do cofre do palácio da Compensa.
A inércia do futuro governador acaba servindo de prato cheio para as especulações e fuxicos de toda ordem.
A própria situação jurídica do candidato vitorioso junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas precisa ser tratada com atenção para que não se repita o episódio vivenciado pelo governador cassado José Melo. (AZ)