Prefeitura Municipal de Eirunepé
Sofrendo com a necessidade de obras básicas e mais recentemente a falta de aterro sanitário – em virtude ao despejo irregular de resíduos domésticos ao lado de um abatedouro, a prefeitura de Eirunepé, a 1.160 Km de Manaus, vai gastar quase R$ 700 mil para aquisição de material esportivo.
Segundo consta no despacho de homologação nº 022/2019, publicado no fim de dezembro do ano passado no Diário Oficial da Amazonense dos Municípios (AAM), o prefeito Raylan Barroso Alencar (Pros) já estaria gastando parte desse dinheiro, que, inclusive, não informa qual o período da vigência da contratação, tão pouco quais os tipos de materiais esportivos foram adquiridos.
Veja também
O documento mostra que o valor de R$ 668.874,00 (seiscentos e sessenta e oito mil oitocentos e setenta e quatro reais) é pago a empresa Sandra Helena Pereira-ME (CNPJ nº 03.667.308/001-83) – vencedora do pregão presencial. Entretanto, a reportagem do “PORTAL DO ZACARIAS” apurou que a empresa citada com sede no município tem como principal atividade econômica ‘o comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática’, não de material esportivo.
VEJA FOTO
Cidade Abandonada
Moradores de Eirunepé estão indignados com as contratações milionárias do prefeito, considerando o fato de abandono nas principais áreas de atenção básica, tais como, saúde, infra-estrutura, e educação. Segundo eles, a quantia que está sendo usada para ‘compras esportivas’, deveria ser aplicada nas ruas sem asfalto, em escolas, segurança e saneamento básico.
Enriquecimento e mansão de R$ 5 milhões
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) está com dois inquéritos civis em aberto contra o prefeito Raylan Barroso para apurar suposta prática de improbidade administrativa na gestão municipal. Uma delas recai sobre o enriquecimento ilícito do prefeito, que possui uma mansão avaliada em R$ 5 milhões, incompatível com seu salário mensal que equivale a R$ 18 mil reais.
O órgão ministerial estipulou um prazo de 30 dias para que o prefeito regularize as informações no portal da transparência. A recomendação foi assinada há uma mês pelo promotor de Justiça, Thiago Bastos, feita após a constatação de descumprimento a Lei da Transparência.