Homicídio é a maior causa da morte dos jovens brasileiros
*Por Lúcio Carril - Sim, estou chocado com os índices de violência contra jovens no Brasil.
Sim, a última chacina de cinco jovens de uma mesma família em Manaus mexeu com meus sentimentos. “Não sou uma máquina. Sou um homem”.
O Brasil tem a sétima maior taxa de homicídio entre adolescentes no mundo.
Segundo a UNICEF, 16 crianças e adolescentes brasileiros morrem por dia, em média, vítimas de homicídios. Dentre estas, 86,35% estão na faixa de 15 a 18 anos.
O Atlas da Violência 2018 do IPEA revela que de 2006 a 2016, o número de homicídios de jovens entre 15 a 29 ano cresceu 23%, atingindo 325 mil jovens. 7 em cada 10 vítimas são negras do sexo masculino.
Para os urubus que aplaudem este genocídio da nossa juventude, eis um dado: jovens com idade inferior a 18 anos que cometem atos infracionais é menos de 1% dos crimes cometidos na sua totalidade e os delitos praticados por adolescentes não chegam 10% do total no Brasil.
Estão matando nossos jovens, sem que haja uma política de inclusão social que os tirem das mãos do crime ou os protejam da violência do Estado.
A juventude negra está sendo dizimada, seguindo os passos do genocídio histórico do qual foi vítima.
Não há somente agressão e omissão do poder público; há violência e cumplicidade da sociedade, que não reconhece a cidadania de crianças e adolescentes, submetendo-os à barbárie social.
Mas, sem dúvida, o Estado Brasileiro é o maior responsável por essa matança.
Quando não o pratica através de seu aparato repressor e assassino, o faz por omissão e conivência.
É preciso parar com isso e dar perspectiva de vida e futuro para nossa juventude.
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