Ginasta que esteve nas Olimpíadas de Sydney, Lisa Mason foi a primeira a relatar abusos na Grã-Bretanha
Só cresce o número de denúncias no que já está se tornando uma escândalo de abusos morais na ginástica artística da Grã-Bretanha. Reforçando a série de relatos desta semana, uma ex-ginasta do país, que preferiu não se identificar, deu um depoimento afirmando que os abusos nos treinos lhe provocaram ansiedade e depressão. Campeã mundial júnior, a jovem de 18 anos contou que desenvolveu um relacionamento prejudicial com a comida e sua aparência.
- Eu ainda estou obcecada por peso. Eu me peso todos os dias, duas vezes por dia, porque isso é tudo que eu já fiz. A imagem corporal é realmente difícil para mim. Eu odeio a minha aparência porque fui treinada para que esse corpo infantil seja ideal. Eu tenho essa batalha mental de arrependimento. Poderia ter uma vida normal se não tivesse feito ginástica. Eu devolveria todas as medalhas só para ser feliz - disse a ex-ginasta, em entrevista ao diário britânico "The Telegraph".
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Entre os 10 e os 16 anos, a jovem foi submetida a um treinamento pesado na elite da ginástica britânica, com um controle severo no peso. Não poderia ganhar nem 100g. Mais uma história para reforçar a cultura de maus-tratos dos técnicos na Grã-Bretanha denunciada nesta semana.
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As ex-ginastas Catherine Lyons e Lisa Mason foram as primeiras a tornarem público os abusos, com relatos de treinos à exaustão e dieta forçada beirando a fome. Medalhistas no último Mundial, as irmãs Becky e Ellie Downie também ecoaram as denúncias, afirmando que abusos mentais são considerados normais na rotina do ginásio.
Globo Esporte