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Internacional
28/12/2019

Explosão de carro-bomba deixa ao menos 90 mortos na Somália

Foto: Reprodução

A explosão ocorreu em Mogadíscio, neste sábado (28), na conexão entre a capital da Somália com a cidade de Afgooye e atingiu bebês e crianças

Subiu para pelo menos 90 o número de mortos e dezenas de pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em um posto de controle em Mogadíscio, neste sábado (28), na conexão entre a capital da Somália com a cidade de Afgooye, segundo a agência Reuters.

 

Mais cedo, a agência EFE noticiava que a morte de pelo menos 76 pessoas e mais de 70 feridos nesse ataque violento.

 

Bebês e crianças estavam entre os feridos — uma van escolar foi pega no massacre.

 

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Entre os mortos estavam também dois engenheiros turcos que trabalhavam na estrada no momento da explosão, segundo a Embaixada da Turquia em Mogadíscio, e vários estudantes universitários que estavam em um micro-ônibus atravessando o cruzamento.

 

O ataque ocorreu às 8h (hora local; 2h em Brasília), quando um suposto suicida explodiu uma minivan perto de um posto de controle de segurança no cruzamento por onde passam veículos que saem e entram.

 

"Foi pedido para que outros pacientes, parentes e até mesmo médicos, enfermeiras e profissionais do hospital doem sangue urgentemente para ajudar as vítimas. A situação é ruim", disse Yahye Ismail, médica do Hospital Erdogan.

 

Nenhum grupo terrorista reivindicou ainda a responsabilidade por este ataque, o último de uma série de ataques mortais na capital da Somália, embora o grupo jihadista Al Shabab — que ataca frequentemente os agentes de segurança nos postos de controle — tenha sido contrário à construção desta estrada.

 

Segundo a Reuters, o grupo Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, realiza esses ataques para tentar minar o governo, que é apoiado pela ONU e pela União Africana.

 

A Somália, que fica no Chifre de África, está dividida por conflitos desde 1991, quando os senhores da guerra derrubaram o ditador Siad Barre e depois se voltaram um contra o outro. 

 

 

 

Apesar da sequência de derrotas que o Estado Islâmico teve nos últimos meses no Iraque e na Síria, a habilidade que a organização terrorista tem de recrutar novos membros ou inspirar outros extremistas não deve ser subestimada.

 

Nesse período, o grupo foi responsável por realizar atentados na Suécia, Egito e Reino Unido. Veja a seguir a lista cinco países nos quais o Estado Islâmico mais recruta jovens para a organização, segundo um estudo do Bureau Nacional de Pesquisa Econômica, e por quais motivos devemos nos preocupar.

 

 

Um dos seis países que entraram na Primavera Árabe, a Tunísia foi o único país que entrou no movimento e conseguiu estabelecer uma democracia saudável. E parece que ela ainda vai durar bastante tempo.

 

Seis anos após a deposição do ditador Zine el Abidine Ben Ali, 86% dos tunisianos dizem que a democracia é o melhor sistema de governo. Apesar desse cenário positivo, aproximadamente 6 mil tunisianos saíram de casa para se juntar às linhas de frente do Estado Islâmico, a maior taxa per capita do mundo.

 

 

Mas quem não envolve diretamente com a organização terrorista, acaba sendo influenciado pelas ações que ela toma. Foi um tunisiano inspirado pelas redes sociais do Estado Islâmico que foi o responsável um tiroteio em uma praia em 2015, que deixou 38 mortos. Esse foi o ataque terrorista mais mortal na história da Tunísia moderna.

 

 

A Arábia Saudita, um dos principais representantes do Wahhabismo, uma corrente fundamentalista do Islã que serve de espinha dorsal para extremismo islâmico, é a segunda maior fonte de lutadores estrangeiros para o Estado Islâmico. Até hoje cerca de 2.500 pessoas se juntaram ao grupo no país.

 

 

Em julho de 2016, a Arábia Saudita sofreu um triplo atentado suicida em três cidades. Em maio de 2015, um bombardeio do Estado Islâmico matou 21 pessoas.


Quem pensa que a rede de influências do Estado Islâmico se limita somente ao Oriente Médio, não imagina que a Rússia serve como uma espécie de extensão da organização fora desse território.

 

 

Desde 1970, 3.500 pessoas morreram em mais de 800 ataques terroristas no país. O último aconteceu na semana passada, quando uma bomba explodiu em uma estação do metrô São Petersburgo, matando 14 pessoas. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque, mas autoridades russas suspeitam que ele tenha sido arquitetado pelo Estado Islâmico.

 

Segundo o presidente Vladimir Putin, as estimativas dizem que entre 5 e 7 mil russos viajaram para a Síria com o objetivo de pegar armas com o Estado Islâmico ou outros militantes. Para a Rússia, lutar contra o Estado Islâmico é quase lutra contra ela mesma.

 

 

A Turquia também tem sua própria relação turbulenta com uma minoria étnica lutando por independência: os curdos. Hoje esse grupo tem entre 20 e 40 milhões de pessoas vivendo nas fronteiras da Turquia, Iraque, Síria, Irã e Armênia, sendo o maior povo sem Estado reconhecido na atualidade.

 

 

Combatentes curdos têm lutado muitos nos últimos anos para conseguirem sua independência e, para piorar, eles ainda são os responsáveis pelos principais conflitos contra as forças do ditador Bashar al-Assad e o Estado Islâmico. Mas ao mesmo tempo que isso acontece, 2.100 turcos já se juntaram ao Estado Islâmico.

 

 

Na lista de principais fontes de extremistas para o Estado Islâmico está a Jordânia, que já viu algo em torno de 2 mil pessoas se alistarem para o grupo terroristas nos últimos anos.

 

Assim como a Turquia, que abriga quase 3 milhões de refugiados sírios, a Jordânia também está recebendo muitas pessoas desabrigadas. Os 655 mil sírios que vivem hoje no país representam 8,5% do total de refugiados no mundo.

 

Fotos: Reprodução

 

Comparado aos demais países do Oriente Médio, os ataques terroristas na Jordânia são bem raros, fato que rendeu o título de "Reino da Paz".

 

Essa paz, no entanto, foi quebrada em dezembro de 2016, quando militantes do Estado Islâmico atacaram um popular destino turístico do país: o castelo, matando ao menos 10 pessoas e deixando outras 34 feridas.

 

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Esse foi o primeiro, ataque que teve civis como alvos na Jordânia em mais de uma década.

 

R7

 

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