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Ensaio Sensual
13/09/2019

Glamour Garcia posa a la Brigitte Bardot e fala de superexposição. VEJA FOTOS

Foto: Vinicius Mochizuki

Glamour Garcia fala do momento cono Britney de “A dona do pedaço”

Glamour Garcia já sabe o que vai fazer assim que “A dona do pedaço” terminar.

 

Vai ficar 15 dias turistando pelo Rio de Janeiro, conhecendo cartões-postais da cidade, badalando... Quer agradecer pela oportunidade de estar num dos lugares mais lindos do mundo. Será apenas Daniela.

 

Este foi o nome social escolhido pela atriz, que nasceu Daniel. Um garoto no corpo de uma mulher.


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Até se transformar em Glamour, ela teve que encarar uma estrada longa. Muitas vezes árdua, difícil e sofrida. A vida exigiu dela o empoderamento. Não ganhou de mão beijada. Mas encontrou na arte o seu lugar de fala.

 

Glamour Garcia sobre cirurgia: â??Sempre quisâ??

 

“Fui muito massacrada, mas sempre entendi e soube o lugar que ocupava. Contei com minha família, amigos, a turma do teatro, que está comigo até hoje”, conta ela, que na pele de Britney está podendo mostrar parte da realidade que uma pessoa trans passa no cotidiano: “Peguei uma personagem pequenininha que ganhou uma grande importância na trama. Soube construir isso” .

 

Glamour Garcia: privacidade acima de tudo

 

Glamour não tem qualquer traço de modéstia. Por que teria, afinal? Acostumada ao julgamento alheio, a atriz tem o discurso de quem sabe onde pisa e aonde quer chegar. Independentemente do gênero em que está inserida. Mas também por ele. “Tive o privilégio de nascer branca, não ter tido dificuldades financeiras, dentro de uma família que entendeu todo o processo e podido ser livre para fazer escolhas e estudar. Não teve um dia de eu me olhar no espelho e pensar: ‘ih, acho que sou mulher’. Eu sempre soube quem eu era”, analisa.

 

Glamour Garcia: â??Mulher é mulher e não interessa se é trans ou cisâ?

 

Não à superexposição

 

Prestes a completar 31 anos, Glamour comemora o sucesso na trama de Walcyr Carrasco, mas ainda está aprendendo a lidar com o que toda essa exposição traz. Morando com o marido na Barra, Zona oeste do Rio, há seis meses, ela pouco sai de casa. Quando o faz, prefere não ser reconhecida. Se acontece, dá atenção, mas é avessa a fotos com fãs.

 

O que poderia soar antipático, na verdade, é uma forma de tentar preservar um pouco de privacidade que sobra. “Eu falo com muita delicadeza que aquele momento é íntimo meu, que ali está a pessoa e não a personagem. E até hoje todo mundo entendeu porque dou atenção, sou carinhosa. Devolvo o afeto que me dão. O que menos importa, na minha opinião, é uma foto”, justifica.

 

Glamour Garcia gosta de fazer faxina para manter rotina equilibrada

 

Durante a entrevista para o EXTRA, Glamour mostra, em sua legítima defesa, certo incômodo ao falar sobre sua transexualidade. Mais uma vez o medo de ficar superexposta. “Acho importante falar do assunto, claro. Mas não é apenas isso que tenho a dizer. Eu já imaginava que esta seria a maior curiosidade de todos.

 

Mas não trato como algo exótico. Há dez anos, existiam poucas referências para o público e é importante que este caminho se abra, claro. Inclusive para que nós artistas trans sejamos vistos como artistas, sem ocupar uma prateleira”, explica ela, que admite ser polêmica: “Minhas opiniões são contundentes”.

 

Glamour Garcia recria fotos icônicas de Brigitte Bardot

 

Ser ou não ser?

 

A fama instantânea chegou acompanhada de muitas curiosidades sobre Glamour Garcia. Uma das perguntas que mais fazem a ela é sobre a redesignação sexual. Operar ou não? Uma questão? “Já foi. Hoje não. Quero operar, claro. Sempre quis. Mas não é algo urgente.

 

Existem muitas formas de exercer minha feminilidade”, pondera ela, que se fosse Britney não contaria ao português Abel (Pedro Carvalho) que é transexual: “Nunca vi necessidade. Nunca contei. Sou mulher e este é um direito meu. Parece estranho, mas não é. Mulher é mulher e não interessa se é trans ou cis”.

 

“Dei uma panicada no início da novela”

 

Cheia de personalidade, Daniela decidiu ser Glamour quando criou um fotolog na internet. “Sou virginiana, metódica, queria algo que soasse bem. Glamou Garcia, duas palavras começadas com a mesma letra. Gostei!”, compemporiza ela, que decidiu pelo nome artístico quando performava em festas de música eletrônica de São Paulo.

 

Glamour Garcia posa a la Brigitte Bardot e fala de superexposição: â??Dei uma panicadaâ??

 

Atriz premiada, formada em Artes Cênicas, Glamour teve no palco e no cinema suas escolas. A televisão veio mais tarde. E com ela uma carga emocional diferente. O que trouxe à tona mais uma vez as crises de pânico. “Durante a minha vida, elas foram bem pontuais e fui diagnosticada com depressão.

 

Em 2018, após o fim do meu segundo casamento, ficou mais alarmante. Caí totalmente. Não tinha estímulo para nada. Quando a novela começou, esse mesmo sentimento tomou conta de mim. Dei uma panicada. Procurei ajuda profissional, fui medicada e estou tentando adequar uma agenda para retomar a terapia”, enumera.

 

Faxina é ponto de equilíbrio

 

Enquanto não consegue o tal do tempo, ela faz faxina. Sim, faxina. “Estou aqui com você, mas já pensando em chegar em casa e faxinar. Preciso disso para organizar tudo na vida. É meu equilíbrio”, avalia.

 

Rotina é algo importante para Glamour. Desde que estreou no horário nobre, porém, isso ficou comprometido. “Por isso, prefiro passar meu tempo comigo mesma, com meu marido. No nosso canto. Sabe do que eu gosto? De dormir!”, conta, enquanto posa para as fotos desta matéria, baseadas em registros icônicos de Brigitte Bardot, que, assim como Glamour, faz aniversário em setembro.

 

Glamour Garcia: â??Fui muito massacrada, mas sempre entendi e soube o lugar que ocupavaâ?

Fotos: Vinicius Mochizuki

 

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No caso de Bardot, 85 anos. “Ela foi um dos maiores símbolos sexuais do cinema... Mas sabia que ela é homofóbica?”, comenta sobre a atriz francesa, uma defensora ferrenha da extrema-direita e com opiniões tão fortes como Glamour. “Cada um milita de uma forma. Eu estou aqui militando. Temos um caminho enorme para percorrer ainda. E se posso ter voz, quero que ela sirva de alerta”.

 

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