Ex-jogador assume crise de idade, conta que vai aplicar botox e fazer implante capilar, e que quer continuar investindo no futebol; confira o bate-papo com o terceiro eliminado
Ele protagonizou uma “jogada ensaiada” contra as adversárias comprometidas do BBB20 e tomou cartão vermelho do público. Hadson, terceiro eliminado do reality, com 79,71% dos votos, perdeu a disputa e deixou de embolsar R$ 1,5 milhão. Mas não saiu no zero a zero: receberá em Belém, sua cidade natal, uma moto novinha conquistada em uma das Provas do Anjo.
Fora da competição, o ex-jogador de futebol vai ter que driblar o impacto causado aos filhos Lohan e Oliver, de 14 e 10 anos, de que será pai novamente.
Os filhos ficaram sabendo que a família vai aumentar através do programa, quando Hadson deixou a notícia escapar durante uma conversa com outros brothers. O bebê é fruto de um recente relacionamento do ex-atleta.
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“Antes de entrar, conheci uma pessoa. Ela participou comigo de todo o processo, foi muito especial, me ajudou, entendeu. Dias antes de eu embarcar para o Rio de Janeiro, me contou que estava grávida. Como ela acabou de sair de um casamento de oito anos, prefiro não expor. Mas, no que depender de mim, o relacionamento engrena. A gente se gosta, mas está respeitando o tempo de cada um porque foi tudo muito rápido e intenso”, explica Hadson, após sessão de fotos para este ensaio no Mundo Riosporting.
“Quando saí, minha mãe contou que Oliver ficou sabendo por um amiguinho da escola e perguntou: ‘Vó, ele vai ser pai de novo e não falou nada para gente?’. Isso me preocupou. O mais velho deixa acontecer, mas o mais novo quer saber de tudo.”
O ex-participante diz não ter preferência pelo sexo da criança e que a paternidade mudou sua vida: “Filho é uma bênção, o que vier será bem-vindo e vou cuidar da melhor maneira possível. Ser pai é uma responsabilidade muito grande, me fez crescer. Sou participativo, apesar da separação da mãe deles. Não tenho hora para buscar nem levar, respeito os horários deles e o dela. Ficamos casados por 15 anos e estamos separados há três.”
Craque da autoestima, “Hadybala” - como se intitula (em referência a Paulo Dybala, jogador da Juventus ao lado de Cristiano Ronaldo) - só se ressente da calvície: “Minha maior decepção é meu cabelo. Já usei comprido, fiz dread, adorava mudar o visual, mas agredi muito. Alisava e a química queimou meu couro cabeludo, então não cresce mais. Até consigo camuflar as falhas, mas meu foco agora é fazer implante capilar ou usar prótese. Acho que careca não combina comigo, por isso uso boné para disfarçar.”
Em nome da vaidade, ele revela que também pretende investir mais em tratamentos estéticos: “Vou começar a aplicar botox como prevenção. Antes de entrar na casa, fiz um procedimento no rosto (com ácido hialurônico) que não foi bem-sucedido. Vou corrigir. Estou com 38 anos, então devido ao desgaste físico que todo atleta de rendimento tem, é comum que o rosto sofra mais agressão porque a gente passa horas debaixo de sol, chuva. Tenho um cuidado especial com o corpo porque era meu instrumento de trabalho, nunca gostei de ficar fora de forma.”
Mesmo seguro de si, Hadson assume que a proximidade dos 40 anos despertou uma crise de idade e que ela foi acentuada durante o confinamento com vários participantes jovens: “Senti um pouco de rejeição com relação a isso. Gosto de zoeira, de festas, dançar... e me incomoda quando dizem: ‘Lá vem o tiozão’. Mas tento não me deixar abater e uso meus quilômetros de vantagem (risos).”
Hadson saiu de casa aos 13 anos para tentar a vida nas quatro linhas, portanto ficar longe da família e dos amigos é algo que aprendeu a suportar. O difícil na casa, segundo ele, foi lidar com abstinência sexual, apesar de ser uma prática comum no meio futebolístico nos períodos de concentração para os jogos.
“Sabia que a falta de sexo ia me atrapalhar. Sou um cara ativo, gosto bastante, mas, ao mesmo tempo, como não teve ninguém para ir para debaixo do edredom comigo, o que eu podia fazer? O que queria mesmo era ganhar um R$ 1,5 milhão, sou obstinado. Quando jogava futebol ficava três dias sem e ponto. Para mim, abstinência fazia muita diferença para uma partida. Eu rendia muito melhor com esse acumulo de energia”, frisa ele.
Ter passado boa parte da adolescência fora de casa fez com que ele criasse um bloqueio: “Fiquei seco. Passava um tempo sem ligar, sem contato para ver até que ponto resistiria. Isso me ajudou no programa também, mas o que eu passei lá, não vivi nada parecido aqui fora.”
Para ele, a falta mais grave cometida nessa competição foi a “fome” de vencer. “Não entraria tão focado, obcecado, não precisava ser assim logo no início. Demostrei muita frieza e as pessoas sentiram”, avalia ele, que torce para Felipe Prior vencer o BBB20, e que não escalaria Manu Gavassi para seu time de amigos aqui fora.
Hadson jogou com vários nomes conhecidos, como Marcelinho Carioca, Rincon e Kleber. Orgulha-se ao contar que, mesmo não tendo a fama dos craques, circulou entre muitos e chegou a participar da festa do pentacampeonato da Copa do Mundo de 2002.
Foto: Fabiano Battaglin
“Quando acabou, eu e Emerson Sheik fomos para a comemoração do título. Apesar de ter sido um jogador anônimo, estive com grandes nomes, vivi os altos e baixos da profissão. Não me empolgo com fama. Nunca busquei isso, queria estabilidade financeira para minha família. Conquistei e também perdi dinheiro porque fiz investimentos que não deram certo. Gastei muito, ainda teve a separação. Agora, estou à procura de um clube para eu treinar e dar sequência a minha carreira no futebol.”
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Hadson ainda pretende deixar Belém e se mudar de mala e cuia para o Rio de Janeiro.
Globo