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18/10/2020

Mancini diz que Corinthians marca errado e vê problemas físicos e táticos em goleada do Flamengo

Foto: Marcos Ribolli

Vagner Mancini durante Corinthians x Flamengo, neste domingo

 Não foi a estreia que Vagner Mancini queria ter na Neo Química Arena. Após ter sido goleado por 5 a 1 pelo Flamengo no seu primeiro jogo em Itaquera, o treinador lamentou a forma como o Corinthians enfrentou um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro.

 

– O Flamengo jogou de uma forma que nós sabíamos que poderia jogar, mas o Corinthians jogou de uma forma muito abaixo. Hoje é meu sexto dia no clube, não estou me isentando de nada, mas tem muita coisa a ser feita ainda, as coisas deveriam andar de uma forma mais acelerada. Encontramos uma equipe muito ajustada, um time que tem a bola, velocidade, força física, tivemos dois tempos distintos, óbvio que estamos chateados pelo o que vimos, enfrentamos um time que ano passado foi campeão brasileiro e da Libertadores, então por si só merecia uma atenção, e o Corinthians ficou abaixo do que nós esperávamos – lamentou o treinador.

 

– Até competimos, mas na maior parte do jogo foi abaixo do que queremos que seja. Quando se enfrenta uma equipe ajustada sem ser competitivo, você não consegue igualar. Eu sinceramente vi um Corinthians que poderia ajustar mais, marcar de perto, ser mais competitivo para diminuir a distância que todos sabemos que existe (entre os dois times) – analisou.

 

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Vagner Mancini destacou que seu time tem entrado em campo sem que os 11 jogadores se sintam na obrigação de marcar. Isso tem refletido na defesa, que vem sendo vazada em muitos jogos.

 

– Foi um primeiro tempo que permitimos o Flamengo chegar com facilidade algumas vezes por erros de marcação. Não podemos, especialmente na fase que estamos, abrir mão de qualquer jogador na marcação. Não existe mais isso de marcar com oito ou nove e privilegiar dois jogadores. O Corinthians, pela história e momento, tem que marcar com 11 jogadores. No momento que tenho distância na linha, tenho dois jogadores à frente e isso acarreta em desgaste de quem está atrás. No primeiro tempo, sem tempo de estar cansado, conseguimos corrigir, mas quando volta e toma o segundo e o terceiro gol tentando sair para diminuir o placar, você acaba se expondo muito mais.

 

O treinador disse que faltou leitura tática de seu time para entender o que vivia dentro de campo.

 

– Vi coisas que chamaram atenção, o físico é uma delas, o tático também, faltam ajuste, as peças precisam se ajustar coletivamente, o futebol não é mais marcação individual, a partir dos momentos que todo mundo tem função dentro de campo, as linhas precisam se ajustar para não sofrer. Eu vi isso, um início equilibrado, mas no segundo tempo, em 10 minutos fomos liquidados com dois gols rapidamente, de forma simples. Quando tomar um gol, o adversário tem que fazer com esforço, e não como eu vi (com facilidade).

 

– O segundo tempo foi de uma equipe que quis atacar de forma desordenada, e isso dá chances ao adversário. É preciso ter maior leitura tática para que você perdendo de dois, três, não se lance à frente de forma irresponsável, tem que ter um setor defensivo ajustado também. Os ajustes terão que ter feitos mais rapidamente. Entre a primeira e essa partida vi coisas que precisam ser ajustadas no esquema e na parte tática também – afirmou.

 

Assim como vinha acontecendo com Jô nos últimos jogos, o argentino Mauro Boselli saiu de campo sem finalizar nenhuma vez a gol. Mancini comentou sobre isso e sobre a diferença nos dois tempos.

 

– Em primeiro lugar o atacante tem que participar, ele não pode ficar fora do aspecto tático da equipe, quando temos a bola, todos têm que dar opção de jogo, sem a bola precisa marcar. Uma coisa que notei e me deixou chateado foi que toda vez a gente chegava atrasado na jogada. Quando a gente tinha o físico mais apurado no jogo, até equilibramos, mas quando cansou, o Flamengo teve uma superioridade porque fisicamente foi superior. O equilíbrio no primeiro tempo foi por isso, porque ainda tinha fôlego, quando perdemos teve que fazer um jogo franco, teve que sair mais, se expor, acabou dando espaços e não conseguiu correr atrás – explicou.

 

– Várias vezes o Flamengo saindo em velocidade e a gente sem conseguir acompanhar, há um desajuste nesse sentido. No primeiro tempo as equipe se estudaram, o Corinthians chegou bem, teve a chance do Camacho, a de cabeça (com Xavier), uma ou outra infiltração com passe errado no final, mas no segundo tivemos que sair para uma luta desigual, tinha que se expor na frente e sem retornar com velocidade. Acho que nós temos que ajustar rápida o plano tático da equipe e saber nossas fraquezas e saber o nosso lado forte, para fortalecer ele e ter equilíbrio –teorizou.

 

Na próxima rodada, na quarta-feira, o Corinthians visita o Vasco, às 21h30 (de Brasília), em São Januário.

 

– Sou consciente do que eu vi, sei que os ajustes têm que ser rápidos porque quarta tem jogo, há o emocional, porque sempre ser goleado em casa há um impacto, perde noite de sono, mas enfim, tem que fazer os ajustes para que a gente esteja de pé e o mais rápido possível possa apagar essa derrota.

 

Mais trechos da coletiva:


O que espera de Luan

 

– Acho que ninguém desaprende a jogar, o Luan fez ótimos jogos no Grêmio, alguns no Corinthians, depois saiu do time, mas tem destaque grande, foi eleito melhor jogador da América, não é possível que não consigamos tirar esse potencial dele, vou em busca disso. Não só dele, mas de todos. Entendo que para você exigir algo individualmente você tem que deixá-lo confortável, no aspecto tático, e não vejo um conforto para que todos desenvolvam o que sabem. É importante que a gente olhe para o coletivo e depois ajuste, e vamos fazer isso, o aspecto individual, porque temos bons jogadores aqui. O Luan entrou aqui e foi melhor que o Boselli que saiu, participou bem, mas distante do que pode ser.

 

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Aspecto emocional

 

– É sempre muito difícil quando você é goleado, ainda mais em casa, mexe com todo mundo, mexe com o brio de cada um de nós, não vejo a hora de chegar o próximo jogo e apagar isso, mostrar para todo mundo que não é esse Corinthians que eu quero, mas ao mesmo tempo é um resultado que me faz pensar no que precisamos fazer daqui pra frente. É importante quando você perde uma partida entender os porquês, porque aí você pode mudar para a próxima partida, para ter alguma reação, não estamos olhando e sem fazer nada. Fui atleta por muitos anos, estou nessa função há um tempo, e isso não dá para aceitar. Temos que equilibrar para na quarta-feira, diante do Vasco, que a gente possa ter a cara da equipe que jogou em Curitiba, e não a de hoje.

 

Globo Esporte

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