25 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Mulher
23/11/2019

Mitos e verdades sobre a gravidez. VEJA O QUE DIZ ESPECIALISTA

Foto: Reprodução

O ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, autor do livro “Gestação – Mitos e Verdades sob o olhar do obstetra”, desvenda as principais dúvidas sobre a gestação

É quase automático: basta uma mulher anunciar que está grávida para começarem as sugestões a respeito de como saber o sexo do bebê, a importância de satisfazer os desejos por comidas exóticas, as explicações para o fato de sentir muita azia e por aí vai…

 

Com isso, a gestante recebe diversos conselhos, dos mais estranhos aos mais sérios. Ouvimos especialistas para desvendar o que é mito e o que é verdade quando se trata dessas crenças populares. Confira:

 

1. Azia significa que o bebê é cabeludo

 

Mito. A azia não tem nada a ver com o bebê ser cabeludo ou não. “Os hormônios da gravidez irritam o estômago, por isso a grávida sente uma queimação. E, no final da gestação, a azia é causada porque o estômago fica comprimido pelo bebê, que cresceu”.

 

Veja também

 

15 Mitos e Verdades sobre o Anticoncepcional

 

Nova cirurgia poderá adiar a menopausa em até 20 anos

 

Foto: Reprodução

 

2. Depois de uma cesárea, não se pode mais fazer parto normal

 

Mito. Dr. Zeno Morrone esclarece: “O ideal é que haja o intervalo de dois anos entre a cesariana e o parto normal, mas, passado esse período, não há problema. Quando a mulher passa por um parto cesariano, o útero é cortado e depois costurado. Esse intervalo de dois anos é importante porque, durante as contrações, o útero pode se romper e causar hemorragia interna”.

 

3. É arriscado fazer sexo durante a gravidez porque o pênis incomoda o bebê

 

Mito. As mulheres podem fazer sexo tranquilamente se estiver tudo normal com a gravidez. No entanto, o doutor alerta: “A relação sexual com penetração vaginal pode aumentar a atividade uterina, ou seja, aumentar a frequência das contrações. Esse fato, em algumas mulheres, pode desencadear o trabalho de parto prematuro se houver alguma patologia preexistente”.

 

4. A mudança da Lua influencia o parto

 

Verdade. “Durante a lua cheia e a lua nova, existe uma força maior para o centro da Terra, o que aumenta a pressão pélvica e, consequentemente, as contrações”, explica Zeno.

 

5. O formato da barriga indica o sexo do bebê: barriga pontuda é menino e barriga larga é menina

 

Mito. “O formato da barriga depende do tamanho do bebê, e não do sexo dele e as únicas maneiras de descobrir o sexo antes de a criança nascer são o exame de sexagem fetal, que pode ser feito com oito semanas, ou o ultrassom, com 18 semanas”, completa o ginecologista.

 

6. Grávidas sentem mais calor

 

Verdade. “A grávida tem aumento da temperatura basal – que é a temperatura do corpo medida imediatamente após a pessoa acordar, antes de qualquer atividade física – de 0,5 a 1,0 ºC, o que a torna mais quente. O aumento da temperatura se deve à ação da progesterona, o hormônio que a placenta produz”.

 

7. A mulher deve comer bastante canja e canjica e beber cerveja escura para ter mais leite

 

Mito. “Isso é um mito de muito tempo atrás, quando as mulheres, mesmo grávidas, precisavam pegar mais pesado nos trabalhos domésticos. As mulheres tomavam canja e tinham mais energia, daí surgiu a lenda. O importante é a mãe tomar bastante líquido (em torno de 2 a 3 litros diariamente). Pode ser chá, água, sucos e frutas”, conta o doutor.

 

8. Se a mãe não comer o que deseja, a criança vai nascer com a cara do desejo

 

Mito. “Isso é só mais uma crença popular e não faz sentido”, sentencia Zeno. “Os desejos são causados por hormônios durante a gestação. Nada acontece ao bebê se a mãe não comer o que deseja”, complementa.

 

9. As grávidas precisam comer por dois

 

Mito. “A grávida sofre um aumento de apetite por ação da progesterona, mas não precisa comer por dois”. Até porque é preciso ficar atenta ao controle do peso durante a gestação, com uma alimentação balanceada e saudável.

 

10. Ficar sem comer aumenta o enjoo

 

Verdade. “O jejum aumenta a náusea e nem é preciso estar grávida para que isso aconteça”, ressalta.

 

É quase automático: basta uma mulher anunciar que está grávida para começarem as sugestões a respeito de como saber o sexo do bebê, a importância de satisfazer os desejos por comidas exóticas, as explicações para o fato de sentir muita azia e por aí vai…

 

Com isso, a gestante recebe diversos conselhos, dos mais estranhos aos mais sérios. Ouvimos especialistas para desvendar o que é mito e o que é verdade quando se trata dessas crenças populares.

 

11. Mulheres que tomam anticoncepcional há muito tempo não engravidam logo em seguida à suspensão do uso?

 

Mito: A quantidade de tempo que a mulher tomou anticoncepcional não influi em sua fertilidade. Ela pode engravidar logo após a suspensão do uso. O que ocorre é que algumas mulheres que usaram anticoncepcional por muito tempo, às vezes, ficam com os hormônios da pílula impregnados nas células de gordura.

 

Nesses casos, mesmo com a interrupção do uso, os efeitos do contraceptivo continuam no organismo por algum tempo. Por isso, os médicos consideram normal o período de até um ano de tentativas de engravidar após a suspensão do anticoncepcional.

 

12. Mulheres atletas ou que se exercitam demais podem ter maior dificuldade de engravidar?

 

Verdade: Exercícios extenuantes e muito intensos como corridas de longa distância, maratonas, entre outros, podem resultar no que se chama de “amenorreia secundária” ou ausência dos períodos menstruais.

 

Isso ocorre quando a gordura do corpo cai a níveis inferiores aos necessários para que haja ovulação. Há mulheres que, mesmo com uma rotina de exercícios intensos, continuam a menstruar regularmente. No entanto, mulheres que queiram engravidar devem reduzir suas atividades físicas em níveis mais moderados, justamente para não haver prejuízo na ovulação

 

13. A endometriose impede a gravidez?

 

Mito: Não impede, mas pode dificultar. Cerca de 50% das mulheres que têm endometriose apresentam infertilidade. É fundamental entender a diferença entre infertilidade e esterilidade: uma mulher estéril não pode engravidar; uma mulher infértil tem dificuldades para engravidar.

 

14. Se a mulher tem um ciclo menstrual irregular, pode ter dificuldade para engravidar?

 

Verdade: As dificuldades ovulatórias são responsáveis por cerca de 25% de todos os casos de infertilidade feminina. Se o ciclo da mulher é irregular, ela não sabe quando está ovulando, portanto não tem como indicar qual é seu período fértil para programar as relações sexuais e, assim, facilitar a concepção.

 

O melhor a fazer é procurar o ginecologista para que o profissional investigue as causas dessa irregularidade no ciclo menstrual e possa corrigi-las. A partir do momento em que o ciclo volta a ser regular, podemos ter uma noção mais precisa.

 

15. Se as relações sexuais ocorrem todos os dias, as chances de a mulher engravidar são maiores?

 

Mito: A quantidade de espermatozoides diminui com a frequência das ejaculações. Normalmente, aconselha-se que, na semana que precede a ovulação, o casal que deseja engravidar tenha relações sexuais dia sim, dia não, desde que o “dia sim” caia na metade do ciclo menstrual da mulher.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatsApp.

 

Dessa maneira, os espermatozoides têm mais tempo para serem repostos e as ejaculações terão maior número deles, o que facilita muito a fecundação. Portanto, para que haja concepção, não adianta o homem ter cinco, seis relações sexuais num único dia, já que na quinta ou sexta relação quase não haverá mais espermatozoides no conteúdo ejaculado. 

 

Bebê.com

 

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.