'Nos últimos dois meses, a investigação não avançou nem um centímetro. Em vez disso, a polícia atacou minha esposa e a perseguiu como se ela fosse acusada ", diz o marido da vítima
Uma mulher que denunciou um estupro morreu depois de colocar fogo no próprio corpo, na Índia. O ato foi em protesto contra a falta de ação policial para investigar o caso e punir o culpado, conforme alegou a mulher antes de se incendiar.
Ela tinha 35 anos e acusou um parente de seu marido, identificado como Ravindra Singh, de tê-la estuprado em 2015.
A moça, que não teve a identidade divulgada, foi à delegacia de Vaishali Nagar, em Jaipur, no norte da Índia, no último 5 de junho, para prestar queixa contra Singh, mas o acusado não foi preso.
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Depois de quase dois meses sem que qualquer investigação andasse, segundo a mulher, ela voltou à delegacia no último domingo, dia 29 de julho, junto com seu filho e se incendiou perto do portão principal. Ela foi internada no hospital com queimaduras em quase 60% do corpo.
A polícia informou que a vítima "morreu de manhã durante o tratamento".
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Indianas e indianos organizaram protesto contra cultura do estupro e clamando
por apoio a mulheres vítimas (Fotos: Arte sobre foto da Reuters)
— Nos últimos dois meses, a investigação não avançou nem um centímetro — disse o marido dela ao jornal "Times of India". — Em vez disso, a polícia atacou minha esposa e a perseguiu como se ela fosse a acusada. Um comissário assistente da polícia estava forçando-a a retirar o caso. Cansada, ela tocou fogo em seu corpo no domingo.
O Globo