Por Lúcio Carril - 1- Não é verdade que 90% dos professores foram imunizados. Eles foram vacinados, mas só estarão imunizados 14 dias depois da segunda dose, o que deverá acontecer em meados de setembro.
2- A transmissão do vírus se dá em locais fechados, conforme consenso científico em torno do comportamento do vírus. Não adianta distanciamento nesses locais, pois o vírus circula o ambiente em gotículas de salivas, tosses e espirros. Portanto, é inócuo o rodízio de alunos. Em se tratando da cepa P1, ela é 2,5 vezes mais contagiosa que o vírus original. Um só contaminado em sala de aula contaminará todos os demais.
3- O não uso do condicionador de ar na sala de aula se transformará numa tortura - estamos entrando no verão amazônico, com temperaturas elevadíssimas - e não protegerá alunos e professores do vírus.
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4- Os professores terão jornadas de trabalhos triplicadas, sem que haja remuneração para isso e levará os educadores a um nível desumano de estresse e doenças.
5- As secretarias de educação não tem plano de retorno às aulas. No máximo, têm um amontoado de ideias soltas, o que não constitui um método adequado para a situação de pandemia que vivemos.
6- Por uma questão de responsabilidade e respeito à vida, prefeituras e governo do estado deveriam aguardar a total imunização dos professores e planejar, neste espaço de tempo, um novo calendário escolar e uma nova metodologia para recuperar as perdas decorrentes das aulas on line e da falta de planejamento educacional no período da pandemia.
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**Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.