*Por Lúcio Carril - Numa concepção grosseira do mundo, arrisco dizer que o mal vem dando de goleada. E não é de hoje. Vivemos uns mil anos nas trevas do cristianismo, com a igreja católica tocando o terror, torturando e queimando gente, pilhando terras, riquezas e espíritos.
Aí veio a modernidade e transformou a ciência numa nova religião. O conhecimento foi apropriado por uma minoria para oprimir a maioria, tirar seu sangue e suor. A ideia iluminada de liberdade se tornou objeto de ilusão, num canto de sereia macabro.
Hoje, vejo a barbárie da fogueira queimando a moral e a ética, fazendo da humanidade uma versão cruel e desumana.
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Está tudo errado. O que era pra libertar, oprime.
A religião se tornou objeto do mal. Deus vem perdendo para o diabo.
Se eu acreditasse em deus não admitiria que a ele fosse atribuído a desgraça do mundo.
Eis uma visão maniqueísta, religiosa, mas necessária para reflexão.
O catolicismo vem perdendo campo e o evangelismo travestido em muitas ordens está assumindo a implantação de uma nova era das trevas.
A modernidade tinha que ter rompido com a religião, sem desconsiderar sua presença cultural, e não ter tentado instaurar uma nova verdade absoluta. Isso abriu espaço para o retorno da estupidez.
Fotos: Reprodução
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**Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.