25 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
03/06/2020

Protestos contra o racismo entram no nono dia nos EUA

Foto: Reprodução

Manifestações após a morte do ex-segurança George Floyd continuam em diversos locais do país e também no exterior.

No dia em que foram anunciadas novas acusações contra os ex-policiais envolvidos na morte de George Floyd, o clima das manifestações antirracismo nos Estados Unidos se manteve bem mais tranquilo do que nos anteriores.

 

Até o início da noite, milhares de pessoas marchavam pelas ruas de cidades como Washington e Nova York, sem registros de incidentes, prisões ou atos de vandalismo. 

 

Neste nono dia dos atos, o secretário de Defesa dos EUA, Mike Esper, mostrou discordância com o presidente Donald Trump ao se posicionar publicamente contra o uso de militares para conter os manifestantes. Na segunda-feira, Trump afirmou que poderia enviar tropas às cidades onde houvesse confrontos com a polícia.

 

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Esper disse que a Lei da Insurreição, que permitiria a Trump usar militares da ativa para conter os protestos, deveria ser invocada "apenas nas situações mais urgentes e terríveis" e que "não estamos em uma dessas situações agora".

 

Os quatro ex-policiais acusados de envolvimento na morte de George Floyd:

da esquerda para a direita, Derek Chauvin, Tou Thao (acima) e

Thomas Lane e J. Alexander Kueng (abaixo) 


 

Também nesta quarta o procurador-geral de Minnesotta, Keith Ellison, ampliou as acusações contra o policial Derek Chauvin, além de acusar também outros três policiais que atuaram com ele no dia em que Floyd foi detido e morreu. Embora não apareçam no vídeo, eles ajudaram a imobilizar o ex-segurança.

 

Agora, Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau e Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao são acusados ajudar e favorecer homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima).

 

Até então, apenas Chauvin havia sido detido e acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).

 

Quincy Mason Floyd (direita) se emociona ao visitar o local onde o pai,

George Floyd, morreu, em Minneapolis, ao lado do advogado

de sua família, Ben Crump, na quarta-feira (3)

 

Quincy Mason Floyd, filho de George Floyd, esteve nesta quarta no local onde seu pai morreu, em Minneapolis, e pediu por justiça.

 

“Nenhum homem ou mulher deveria estar sem seus pais...queremos justiça pelo que está acontecendo agora mesmo”, disse, antes do anúncio de que as acusações contra Derek Chauvin, policial responsável pela morte de Floyd, seriam ampliadas, e que os demais policiais do caso também seriam acusados.

 

Caso George Floyd

 

 

George Floyd morreu em 25 de maio após ser filmado com o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial por supostamente tentar pagar uma conta em uma mercearia com nota falsa de US$ 20, segundo a imprensa norte-americana.Caso George Floyd.

 

Policial foi filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd

  

George Floyd morreu em 25 de maio após ser filmado com o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial por supostamente tentar pagar uma conta em uma mercearia com nota falsa de US$ 20, segundo a imprensa norte-americana.

 

As imagens reacenderam a questão racial dos Estados Unidos e deram início a uma série de protestos antirracismo que tomaram conta do país.

 

Uma primeira perícia, oficial, não indicou evidências de que Floyd morreu por asfixia. Entretanto, outras duas autópsias indicaram que, sim, o ex-segurança foi morto por sufocamento.

 

O laudo da autópsia realizada pelo condado de Hennepin, divulgado nesta quarta-feira, informa ainda que Floyd tinha presença de coronavírus no organismo quando morreu. O ex-segurança havia sido diagnosticado com Covid-19 no início de abril.

 

Mensagem de Obama

 

Em uma transmissão ao vivo de Chicago, o ex-presidente Barack Obama pediu que prefeitos repensassem o uso da força policial nas cidades do país.

 

O ex-presidente citou um relatório sobre uso da força policial que, segundo ele, propõe reformas e foi lido por "vários prefeitos e outras autoridades eleitas". "Mas depois disso, não houve empenho o bastante", lamentou.

 

Outros países

 

Milhares de pessoas foram ao Hyde Park, em Londres, no Reino Unido, para participar de uma manifestação antirracismo. Os participantes cantaram "Black Lives Matter” (vidas negras importam) no maior espaço ao ar livre da cidade.

 

Policiais são vistos próximos a chamas na embaixada dos EUA em Atenas,

durante protesto contra a morte de George Floyd, na quarta-feira (3)
 

 Manifestantes também se reuniram nesta quarta na Cidade do Cabo, na África do Sul, em Reykjavík, na Islândia, e em Estocolmo, na Suécia, onde mais de mil pessoas desafiaram uma ordem que proíbe reuniões de mais de 50 pessoas por causa do coronavírus.

 

Em Helsinque, na Finlândia, um grupo de aproximadamente 3 mil pessoas se dispersou após cerca de uma hora, atendendo a pedidos para evitar aglomeração, também por causa da pandemia.

 

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Em Atenas, na Grécia, uma manifestação reuniu cerca de 4 mil pessoas, e houve um prinícipio de confusão quando algumas atearam fogo em objetos perto da embaixada dos Estados Unidos, mas não há relatos de prisão, segundo a agência Associated Press.

 

G1

 

 

 

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