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20/07/2020

Surpreso com vitória fácil, Deiveson manda recado para Cejudo: 'Tenho as armas para nocautear'

Foto: Getty Images

Deiveson Figueiredo

 O mais novo brasileiro campeão do Ultimate sonha alto. Depois de não tomar conhecimento de Joseph Benavidez neste sábado, quando finalizou o americano no primeiro round e conquistou o cinturão do peso-mosca (até 57kg) da organização com uma performance arrasadora, Deiveson Figueiredo não quer parar por aí. Além de projetar ser um campeão dominante de sua divisão, ele quer subir para os galos (até 61kg) e tornar-se campeão de duas categorias. Para isso, pretende enfrentar o ex-detentor dos cinturõs dos moscas e galos Henry Cejudo.

 

- Cejudo, vamos fazer uma super luta, irmão. Eu tenho as armas pra nocautear você, tenha certeza disso. Estou aguardando a sua resposta. O Cejudo é um cara que ele chuta muito e eu não acho ele bom de boxe, acho que tenho o boxe que é o ideal para vencer a luta, por isso acho que bato nele. Ele vai querer trocar comigo e vou nocautear. Eu gosto de desafios. Quanto mais a luta parece ser dura, mas eu treino e faço ela se tornar fácil - disparou Deiveson, em entrevista ao Combate.com pouco depois da vitória sobre Benavidez.

 

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A atuação irretocável, com direito a três knockdowns, surpreendeu o próprio Deiveson, que admitiu que não esperava uma discrepância tão grande para Benavidez.

 

- Te confesso que não (esperava que fosse tão fácil). O Benavidez é um cara que tem nome pra caramba, está aí no número 2, mas isso mostra que eu trabalhei muito duro pra isso, eu montei a estratégia certinho e por isso tive essa performance em cima dele. Agora é voltar pra casa e ser mais profissional do que antes pra não deixar a peteca cair, ser um campeão dominante por muito tempo dessa categoria.

 

Confira outras declarações de Deiveson Figueiredo:

 

Dormir com o cinturão

 

- Isso com certeza. Sempre tive o sonho de deitar na minha cama e registrar o momento com uma fotografia pra mostrar no Instagram pra galera ver.

 

Mudanças que o cinturão traz

 

- É uma grande mudança com certeza em minha vida. As portas vão se abrir não só pra mim, mas pros meus parceiros de treinos e fico muito feliz com essa mudança, que vai trazer ótimos benefícios aí pra nós. Eu sou um cara que tanto eu, quanto meus treinadores, parceiros de treino, ninguém nasceu em berço de ouro, todo mundo batalha há muito tempo nessa estrada. Eu poder chegar num evento como o UFC e chegar a um nível desse de conquistar o cinturão da categoria, isso me deixa muito feliz porque muda tanto a minha vida quanto vai abrir portas para os demais que treinam comigo.

 

Drama no período pré-luta

 

- O meu maior medo era não bater o peso devido a ficarmos presos em São Paulo por seis dias num quarto e lá não tinha ninguém pra me treinar. Eu carregava a cama, jogava sofá pra um lado, inventando treino. Meu preparador físico passando treinos através de videochamadas e, quando conseguimos provar que não estava com Covid nesse período todo em SP, foi outro atraso para chegar na Ilha da luta porque não tinha passagem. Meu empresário Wallid conseguiu um voo que chegava na terça-feira aqui, chegamos 0h de terça pra quarta, se tornou muito cansativo e complicado pra mim. Mesmo assim não desisti. À noite, quando cheguei, 1h30 da manhã no quarto, comecei a treinar mesmo cansado. O foco era bater o peso. Lutar era só entregar na mão de Deus e fazer o que eu nasci pra fazer, q é lutar. Graças a Deus eu bati o peso e agora a luta aconteceu, fui lá, venci o cara, peguei o cinturão, foi só vitória. Hoje estou muito feliz porque ninguém desistiu. Mesmo enfrentando dificuldades, não desistimos e estamos saindo campeões, um cinturão que significa muito pro Brasil e pra nossa equipe.

 

Joseph Benavidez em um raro momento de ataque diante de Deiveson Figueiredo, no sábado — Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

 

Exemplo para os mais jovens

 

- A gente treina, eu principalmente treino numa academia que é muito simples. Graças a Deus tenho pessoas super inteligentes que me treinam. Essas pessoas me ajudaram a chegar onde estou. Isso mostra para esses jovens que sonham chegar onde estou que eles podem só fazer certinho, é só contratar treinadores profissionais pra treiná-los, é só se envolver com as pessoas certas, no caminho certo, que você chega onde você almeja.

 

Incômodo com questões sobre a cabeçada involuntária na primeira luta com Benavidez

 

- Incomodou bastante porque foi uma cabeçada que não dei nele, ele que deu em mim. Através disso, treinei muito cotovelo para essa luta para fechar de uma vez por todas esse comentário de ter dado cabeçada nele. Hoje eu dei cotovelada nele, não cabeçada. Espero que o assunto agora pare porque mostrei para ele que não foi com cabeça que venci ele. Hoje venci com cotoveladas.

 

Momento da finalização

 

- Eu estava ali com o golpe super encaixado nele e o cara é muito forte, não batia, saía, o sangue ajudava ele, ele se tornou liso e na última finalização, que ele dormiu, eu fui buscar uma força superior. Olhei pra cima e disse: "Meu Deus, tem que ser agora, senão já era, essa luta vai pra decisão". Coloquei toda a força do mundo nos meus braços e consegui finalizar ele. A partir do momento que conectei o primeiro golpe nele, que ele caiu, foi ali que abriu as portas. "Agora é hora de acabar com esse cara, vou vencer, esse cinturão é meu". Foi aí que parti pra cima e não parei mais. Liguei o 220 e já era.

 

Deiveson Figueiredo finaliza Benavidez — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

Foto: Jeff Bottari / Zuffa LLC via Getty Images

 

Defesa de título dos moscas é a próxima meta

 

- Eu até deixei as portas abertas para fazer uma super luta com o Cejudo na categoria de cima, na 61kg. Na de baixo estarei à disposição de qualquer um que o UFC colocar pra mim, estou à disposição para defender meu cinturão. Prefiro defender meu título antes, não vou abandonar minha categoria assim não. Quero ser dominante nela por muito tempo.


Retorno rápido ao octógono

 

- Eu não quero descansar não. Se daqui a dois meses fecharem luta pra mim, pode ter certeza que vou estar preparado.


Planos para utilizar o dinheiro ganho com a luta

 

- Vai tudo pra minha fazenda. Eu tenho uma fazenda lá no Pará, vou fazer um investimento pra no futuro, quem sabe, eu ter uma aposentadoria precoce igual a do Cejudo.

 

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Comemoração do título

 

- Vou voltar pra casa agora. Vou pegar minha equipe e pagar um churrascão que venho prometendo pra eles desde 2015. E a gente vai comemorar essa vitória porque é uma vitória que com certeza tem que ser comemorada. Com certeza estou bem feliz. Estou bem feliz e bem tranquilo ao mesmo tempo. Eu não deixo a felicidade tomar conta de mim. Eu ajo naturalmente. Estou muito feliz com essa vitória, mas penso em voltar pra casa, comemorar o que tiver que comemorar e voltar a trabalhar porque tem muita coisa a ser conquistada ainda.

 

Globo Esporte

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