Wladimir Araújo revela que proposta de redução salarial motivou saída antes da Série D

O Fast Clube anunciou, nesta sexta, que não entrou num consenso salarial com Wladimir Araújo e que o treinador não continuará no cargo para a Série D, que começa em setembro.

O agora ex-comandante confirmou o motivo da saída e revelou que a diretoria fastiana propôs reduzir seu salário em relação ao que recebia durante o Campeonato Amazonense.

A redução também foi confirmada pelo presidente do clube, Dênis Albuquerque, que não deu detalhes sobre valores, mas, em poucas palavras, disse que "hoje a realidade infelizmente é outra", indicando que a pandemia do coronavírus, que paralisou o futebol por quatro meses, afetou na hora de fazer as contas.

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- A gente tinha deixado um pré-acerto e ficou de resolver somente a questão salarial. Infelizmente não chegamos a esse acordo aí. Mas a gente saiu deixando as portas abertas, no maior respeito, só que achei melhor não seguir. O valor oferecico foi menor do que eu recebia no estadual, e infelizmente não deu certo de voltar, mas paciência, isso é normal no futebol - disse Wladimir.

O desempenho à frente do Tricolor de Aço foi aquém da expectiva, segundo o próprio Wladimir. Ele disputou 12 jogos no total, sendo 11 pelo estadual e um pela Copa do Brasil, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas. Foram 12 gols pró e 15 sofridos. O aproveitamento foi de apenas 41,66%.

- A participação no estadual a gente sabe que não conseguiu o objetivo que era ganhar o turno. No segundo turno, o time também não estava muito bem. A gente entende que podia ser melhor. Mas a equipe vinha jogando bem e estava contando muito com o fator sorte - acrescentou.

Apesar dos rumores que indicam uma negociação já adiantada do Fast com Ricardo Lecheva, que comandou o Amazonas FC tanto no título da Série B quanto na melhor campanha do Amazonense deste ano, Wladimir preferiu não polemizar e enxerga a situação como natural no futebol. Comentou, também, que colaborou na montagem do elenco à quarta divisão.

- Na Série D a gente vinha montando um time forte para conseguir o acesso. Acredito que foi de regular a boa a passagem aí. Se um dia voltar, espero fazer um trabalho melhor. Essa questão de outro técnico não me preocupa, é algo natural no futebol - concluiu Wladimir, que na sua última entrevista, quando ainda falava como técnico do Fast, afirmou que não havia sido comunicado oficialmente sobre a volta das atividades do elenco.

Lecheva?

Logo após a oficialização de que Wladimir não seguiria à frente do Fast à Série D, começaram fortes rumores nas redes sociais de quem poderia ser o substituto. O nome de Ricardo Lecheva, apesar de ainda vinculado ao Amazonas, ganhou força.

Mas, tanto a cúpula fastiana quanto o profissional, que está em Santarém, negaram qualquer tipo de negociação por enquanto. O Fast diz, inclusive, que só deve se reunir para avaliar possíveis nomes a partir da próxima semana.

Foto: Divulgação

- Vamos reunir só semana que vem. Tem dois conselheiros viajando. Esses rumores sobre Lecheva são apenas especulações, faz parte no futebol - finalizou o vice-presidente do clube, Hugo Ribeiro.

O que chama atenção e que justifica os rumores sobre Lecheva é que dos 18 nomes confirmados pelo Fast para a Série D, sete trabalharam com o profissional na Onça Pintada, além do auxiliar Igor Oliveira: o zagueiro Bernardo, os volantes Dadá e Pelezinho, o meia Emerson Bacas, os atacantes Daivison e Caíque e o lateral-esquerdo Souza.

Souza, inclusive, foi questionado se teve algum tipo de conversa com Wladimir Araújo após o acerto, mas negou e disse que "só fala com uma pessoa" dentro do clube. Após insistência do ge Amazonas, que perguntou se essa pessoa era Igor Oliveira, com quem trabalhou no Amazonas, Souza mais uma vez negou e disse que não poderia falar o nome.