A verdade sobre a “revolta sem causa” dos peritos do Amazonas

*Os peritos do Amazonas estão num movimento que mais parece rebeldia. Muito “bem” representados e liderados pelo ex-perito Cleverson Redivo, reprovado no estágio probatório publicado em 13 de maio, que, para melhorar seu currículo, tem uma lista de 12 procedimentos e processos por comportamento indevido no exercício da atividade profissional.

Só na Corregedoria de Polícia do Sistema de Segurança Pública, o “exemplo” de profissional responde a seis procedimentos, sendo três Sindicâncias, dois Processos Administrativos Disciplinares e um Processo Administrativo Sumário. Na Unidade de Apuração de Ilícitos Penais, que fica na Delegacia Geral, Cleverson responde a uma lista de seis procedimentos, sendo três criminais e três verificações da procedência da informação.

Entre os crimes que o ex-perito coleciona estão abandono e acúmulo de cargo, injúria, calúnia e difamação. Como se não fosse o bastante, o líder dos peritos “rebeldes sem causa” possui mais de 50 laudos atrasados, e só trabalhava 12h por semana, o que lhe dava tempo suficiente para se dedicar às intermináveis horas de desabafo, fofoca e reclamações no Facebook.

Nos bastidores das negociações por melhores salários, os revoltados peritos não aceitaram a proposta apresentada pelo Governo do Amazonas que proporcionou o aumento de 55% aos policiais, e se retiraram da mesa de debates. Depois da aprovação por unanimidade na Assembleia Legislativa, investigadores, escrivães e delegados comemoraram enquanto os peritos, que por escolha ficaram de fora do benefício, decidiram encarnarr a rebeldia.

Na Casa Civil foi criado um grupo de trabalho para a realização de estudos acerca da reestruturação do órgão pericial e da carreira dos peritos oficiais de natureza criminal do Estado do Amazonas, integrantes do quadro permanente da Polícia Civil, publicado no Diário Oficial no dia 4 de julho. Mesmo reprovado no estágio probatório, Cleverson Redivo é um dos seis peritos membros desse grupo, nome indicado pela Associação dos Peritos do Amazonas (Apoem), que induziu o governador a erro ao indicar o ex-servidor público e fã das redes sociais, para compor o grupo. 

*Este artigo foi enviado por um leitor do PORTAL DO ZACARIAS, que pediu para não ter o nome citado.